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Zanetti bate continência, mas técnico critica militares

Segundo Marcos Goto, Forças Armadas não investem na base. "Apoiar atleta de alto nível é muito fácil, quero ver apoiar a criança até chegar lá"

Por da redação
Atualizado em 15 ago 2016, 21h37 - Publicado em 15 ago 2016, 19h31

Medalhista de prata nas argolas, o ginasta brasileiro Arthur Zanetti bateu continência no momento em que a bandeira brasileira foi hasteada em frente ao pódio nesta segunda-feira. O atleta de 26 anos é terceiro- sargento da Aeronáutica desde o ano passado e seguiu o protocolo dos atletas militares, como fizeram os judocas Rafael Silva e o ginasta Arthur Nory, entre outros medalhistas. O gesto, porém, não impediu que seu treinador, Marcos Goto, criticasse abertamente o programa das Forças Armadas, que apoia 145 dos 465 integrantes do Time Brasil.

“Eles não treinam lá, são apenas contratados por eles. Quem dá treino para os atletas sou eu, não os militares”, alfinetou Goto. Os atletas militares recebem salário das Forças Armadas, mas costumam treinar na maior parte do tempo em seus clubes, embora tenham a possibilidade de usar instalações das Forças. Os atletas recebem uma formação acelerada e entram diretamente com patente de terceiro-sargento.

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“Não sei qual é o salário que pagam para ele, mas eu gostaria de ver militares investindo na base. Se fizessem isso, eu tiraria o chapéu. Apoiar atleta de alto nível é muito fácil, quero ver apoiar a criança até chegar lá”, criticou Goto. Das oito medalhas ganhas até agora pelo Brasil, apenas a prata de Diego Hypólito, outro pupilo de Goto, no solo, não foi conquistada por um membro das Forças Armadas.

O projeto Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar) foi criado em 2008, inicialmente com objetivo de reforçar a delegação que disputou três anos depois os Jogos Militares, também no Rio de Janeiro. “No dia em que os militares fizerem escolinha, e começarem a apoiar a iniciação esportiva, os treinadores – porque nosso país não tem treinador –, aí eu tiro o chapéu. Por enquanto não”, completou o treinador do ginasta campeão olímpico em Londres.

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Atletas do Exército foram responsáveis por cinco das dezessete medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e por 67 das 141 medalhas no Pan de Toronto, em 2015. No Canadá, muitos se surpreenderam com brasileiros prestando continência no pódio na hora do hino, cena que se repetiu algumas vezes nos Jogos do Rio. “Sempre vai ter polêmica. Se prestar continência, vai gerar polêmica, se não prestar vai gerar também”, disse Goto.

 

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