
Todos os titulares do São Paulo, sem exceção, e até os reservas Fernandinho e Maicon que entraram no segundo tempo foram vaiados e xingados pela torcida do início ao fim da derrota para a Portuguesa. Denilson, um dos principais alvos, tentou minimizar os protestos. E já houve até promessa de esforço além do comum pela reação.
‘Tento dar a minha vida. Enquanto estiver com a camisa do São Paulo, vou dar meu sangue’, garantiu Rhodolfo, que ouviu sua zaga ser considerada a pior do Brasil nos cânticos da principal organizada do Tricolor. Pior foi com Casemiro, insultado até quando foi para o banco, Paulo Miranda e Lucas.
‘(Sentir a pressão) Da torcida não. É difícil o momento. Há uma semana estava tudo às mil maravilhas, com o resultado na mão, mas perdemos e agora ocorreu de novo contra a Portuguesa. Precisamos descansar esta semana e trabalhar para o sábado’, disse Denilson, que deve fazer no próximo fim de semana, contra o Cruzeiro, no Morumbi, sua despedida do clube.
É consenso de que será necessário ter bastante calma para trabalhar sob intensa pressão pela eliminação diante do Coritiba nas semifinais da Copa do Brasil. ‘Tentamos dar o nosso máximo. É chato escutar toda hora, ser xingado, ninguém gosta disso, é complicado. O jogador sente, mas temos que saber lidar’, discursou Rhodolfo, lamento pelo time ter ‘dado mole’ na derrota por 1 a 0 no Canindé.
‘É complicado jogar com torcida adversa, mas precisamos levantar a cabeça. Não pode sentir. Somos profissionais e temos que saber lidar com essas situações. Sabíamos que seria grande a cobrança, precisamos nos acertar’, completou Denis, chamado de ‘mão-de-alface’ e sendo provocado com o canto de que Rogério Ceni, machucado, é o melhor goleiro do País.
‘É um pouco complicado, mas temos que saber lidar com essa situação. Sabemos que a torcida está chateada, precisamos entender e buscar a vitória’, concordou Jadson, dono de ‘futebol de segunda divisão’ nos gritos entoados pela maioria da torcida são-paulina presente no estádio da Portuguesa neste sábado.