Redação Central, 7 dez (EFE).- Longe da Liga dos Campeões por 42 anos, o Manchester City investiu pesado para tentar ir o mais longe possível no torneio continental, mas não levou sorte no sorteio dos grupos, acabou encarando adversários difíceis e foi eliminado nesta quarta-feira, em pleno estádio Etihad, mesmo vencendo o Bayern de Munique.
O triunfo por 2 a 0 não foi suficiente para os ‘Citizens’, que somaram dez pontos, contra 13 do Bayern, que entrou em campo já classificado com a primeira posição da chave e por isso poupou vários de seus principais atletas. O polivalente Luiz Gustavo recebeu uma chance como volante, enquanto outro brasileiro, Rafinha, foi o titular da lateral direita.
A segunda vaga foi para outro time que há muito tempo não disputava a Liga. Fora do torneio continental desde 1990, o Napoli venceu o Villarreal também por 2 a 0 no El Madrigal, na Espanha, e chegou aos 11 pontos. Sem pontuar, o ‘Submarino Amarelo’ ficou em último, enquanto o City obteve ao menos uma vaga na Liga Europa.
Como só a vitória interessava, os donos da casa começaram o jogo marcando sob pressão e tendo mais a bola. Aos cinco minutos do primeiro tempo, Nasri acelerou pela direita e fez o levantamento para área. Bem colocado, Agüero cabeceou pela linha de fundo.
O time de Manchester conseguiu balançar a rede pela primeira vez aos 14 minutos, mas a jogada foi anulada. David Silva cobrou falta da meia direita e a bola entrou direto, mas Lescott empurrou o goleiro Butt, e o árbitro Stéphane Lannoy marcou a infração.
Apesar de ter maior posse, o City não exercia uma grande pressão. Uma nova oportunidade de gol surgiu apenas aos 22, quando Agüero invadiu a área. O argentino, no entanto, parou no bom carrinho dado por Butt.
Já classificado, o Bayern jogava de maneira lenta e até preguiçosa em alguns momentos. Nem em contra-ataques o time se lançava muitas vezes. Em uma das poucas jogadas de perigo, aos 25, Tymoshchuk arriscou de longe e acertou o marcador, ficando com o escanteio.
O grande mérito da equipe alemã até então e segurar o ímpeto ofensivo dos ‘Citizens’, cujas chances, em sua maioria, apareciam apenas na bola parada e nos chutes de longe.
Depois de muito trocar passes em busca de uma brecha na defesa adversária, o City finalmente chegou ao gol aos 36 minutos. Após lançamento do meio de Barry da direita, Dzeko tocou de calcanhar para David Silva, que matou no peito e soltou uma bomba da meia-lua, acertando o canto direito de Butt.
Sentindo que o momento era bom, os ingleses foram para cima. O segundo poderia ter saído logo depois, aos 38, quando Agüero costurou a zaga alemã e finalizou rasteiro. A bola passou pelo goleiro, mas Boateng, com um carrinho salvador, evitou que ela entrasse.
O argentino, junto com David Silva, era um dos grandes nomes da partida, e voltou a dar trabalho aos 44. O genro de Maradona chutou colocado da entrada da área e tirou tinta da trave esquerda de Butt.
O City não diminuiu o ritmo após o intervalo, e fez o segundo logo aos seis minutos. A zaga do Bayern vacilou feio, e Boateng apareceu livre dentro da área. Com um toque de ponta de chuteira, o alemão tocou por baixo do goleiro e fez 2 a 0.
Mesmo com o segundo gol, o time anfitrião continuou com o controle das ações, embora criasse menos. Aos 20 minutos, Agüero cruzou, e, após desvio da zaga, Barry encheu o pé de fora da área. Butt defendeu.
A notícia do primeiro gol do Villarreal e a sensação já ter feito sua parte surtiram efeito no desempenho dos ‘Citizens’, que até tinham a bola do pé, mas davam pouco trabalho ao arqueiro adversário.
Aos 34 minutos, Agüero invadiu a área pelo meio e tentou driblar Butt, que deu um tapinha na bola e a segurou na sequência. Depois disso, o que se viu foram trocas de passes sem objetivo e uma espera pelo apito final.
Ficha técnica:.
Manchester City: Hart; Savic, Kompany, Lescott e Clichy; Barry, Yaya Touré (Balotelli), David Silva (Adam Johnson) e Nasri; Dzeko (De Jong) e Agüero. Técnico: Roberto Mancini.
Bayern de Munique: Butt; Rafinha, Boateng, Badstuber e Contento; Luiz Gustavo, Tymoshchuk, Alaba e Pranjic; Olic e Petersen (Usami). Técnico: Jupp Hynckes.
Arbitragem: Stéphane Lannoy (França), auxiliado por seus compatriotas Eric Dansault e Frédéric Cano.
Cartões amarelos: Olic e Luiz Gustavo (Bayern de Munique).
Gols: David Silva e Boateng (Manchester City). EFE