Emerson Leão não deixou que os jogadores do São Paulo esquecessem do que fizeram no último fim de semana, na derrota por 4 a 3 para o Bahia. O técnico deu bronca, exibiu o vídeo do jogo e, baseado nos erros cometidos, tem ajustado o time nos treinos desta semana. O duelo contra o Avaí, no sábado, é encarado como o primeiro passo para que as más lembranças sejam apagadas.
‘Nunca tinha acontecido comigo, estar vencendo por 3 a 1 e tomar uma virada. Não queria que acontecesse, mas aconteceu, é jogo’, lembrou o zagueiro Rhodolfo, que não foi o único a lembrar dessa partida em entrevistas. ‘Individualmente, estou satisfeito. Joguei bem e isso é bom para o meu ego, mas preferia ter jogado mal e conquistado a vitória’, lamentou Lucas.Os atletas estão confiantes de que a insistência do técnico em citar os equívocos vai ajudá-los a apararem as arestas. ‘O Leão está certo. Nosso time está precisando de uns gritos para acordar e ele sabe quem precisa ouvir. Temos de vencer o próximo jogo, mas temos de lembrar que vai ser difícil. O Avaí vai vir com tudo porque precisa sair da zona do rebaixamento’, analisou Rhodolfo, que tem dificuldades para explicar o jejum de nove jogos no Brasileirão.
‘Eu também queria saber porque está acontecendo isso. Nossa equipe é boa, mas não estamos conseguindo mostrar dentro de campo. Quando o ataque faz gol, a defesa leva. Quando não leva, o ataque não faz. Está complicado achar o meio termo, mas está todo mundo muito unido para esses últimos cinco jogos’, acrescentou o camisa 4, reforçando discurso de Lucas.
‘É difícil explicar, não tem o que explicar. Acho que não tem um motivo que defina essa nossa fase’, apontou o camisa 7. ‘A gente está tentando, lutando, em todos os jogos o time entra com a mesma vontade e determinação e às vezes não acontece, o resultado não vem’.
Além do Avaí, o time do Morumbi recebe também América-MG e Santos. Fora de casa, os rivais serão Atlético-PR e Palmeiras. A intenção é conquistar os 15 pontos para garantir vaga na Libertadores do ano que vem, mas para isso será preciso ampliar a evolução que os são-paulinos dizem ter percebido contra o Bahia.
‘Muitas vezes a gente joga melhor, tem mais posse de bola, domina o jogo e a bola não entra. Aí o adversário chega na nossa área e faz o gol. O problema também é psicológico, mas estamos focados para essas cinco partidas’, garantiu Lucas.