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UFC 147: Jason e Mutante vencem finais do 1º TUF Brasil

Com as vitórias, participantes do reality show garantiram contratos com o UFC

Por Da Redação
24 jun 2012, 00h54

Na melhor luta da noite, Mutante e Serginho travaram um grande combate, decidido pelos juízes em favor do pupilo de Belfort

Lutar no UFC é o sonho de quase todos os lutadores de MMA. E, no início da madrugada deste domingo, em Belo Horizonte, dois lutadores do reality show The Ultimate Fighter conseguiram um contrato com o torneio: Rony Jason, entre os penas, e Cezar Mutante, entre os médios. A primeira luta foi entre os cearenses Godofredo Pepey e Rony Jason. Pepey começou mais agressivo, arriscando algumas joelhadas, mas não conseguiu ser efetivo em seus golpes. Com o apoio da torcida, Jason – que, apesar do apelido (o personagem dos filmes Sexta-Feira 13), chorou antes e depois da luta – usou o contra-ataque, encaixou joelhadas voadoras, dominou o combate e venceu por decisão unânime dos juízes.

A outra final do TUF foi a melhor luta da noite até aquele momento. Sérgio Moraes, campeão mundial de jiu-jitsu, tentou levar a luta para o chão, enquanto Cezar Mutante atacava com bons golpes no confronto em pé. No segundo round, Mutante conseguiu um bom chute rodado de capoeira e derrubou o adversário, mas Serginho conseguiu voltar para a luta. No mesmo assalto, Serginho acertou uma cotovelada e conseguiu uma excelente sequência de socos, mas não nocauteou o rival. Exaustos, os lutadores diminuíram o ritmo no terceiro round, e os juízes deram a vitória para Cezar Mutante, que chegou a derrubar Serginho no último minuto do combate. Assim como Jason, o pupilo de Vitor Belfort passa a ser um lutador contratado pelo UFC.

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Preliminares – Na primeira luta de destaque da noite, Fabrício Werdum entrou para encarar Mike Russow ao som de Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha, com direito a dança no octógono. E não demorou muito a continuar festejando depois de sua luta no UFC 147, no Mineirinho. O brasileiro começou agressivo, encaixando vários socos. O americano sentiu e tentou levar a luta para o chão. Werdum acertou um gancho poderoso e seguiu com murros na cabeça de Russow, que não esboçou reação. Depois de 2min28, conseguiu o primeiro nocaute do card principal. “Gostaria que o UFC me desse a oportunidade de lutar contra o campeão Júnior Cigano”, disse o vencedor do combate.

Na luta anterior, o estreante Hacran Dias e Yuri Marajó fizeram um combate morno, mas bastante técnico, na luta de número 2.000 do UFC. Hacran acertou mais golpes no primeiro round e quase foi finalizado no segundo, mas a estratégia de pontuar com golpes curtos resolveu no último assalto. Ele venceu por decisão unânime dos juízes. No card preliminar, o estreante Miltinho Vieira empatou com Felipe Sertanejo. Nos outros desafios, todos com participantes do reality show TUF, Marcos Vina nocauteou Wagner Galeto; Thiago Bodão nocauteou Leandro Macarrão; Hugo Viana venceu John Macapá por decisão; Francisco Massaranduba nocauteou Delson Pé de Chumbo e Rodrigo Damm nocauteou Anistávio Gasparzinho.

Mesmo com a decepção pelo card esvaziado, os fãs de MMA lotaram o Mineirinho e tiveram de enfrentar longas filas – e, apesar da ausência de nomes como Anderson Silva e Chael Sonnen, o evento contou com as principais personalidades do UFC: o presidente Dana White, a ring girl Arianny Celeste, o locutor Bruce Buffer e o apresentador Joe Rogan, além de ídolos como Chuck Liddell, José Aldo e Mauricio Shogun Rua. Na plateia, o campeão dos pesados Júnior Cigano foi ovacionado. Ausente do card por causa de lesão, Vitor Belfort também foi ao Mineirinho, acompanhado da mulher, Joana Prado. Ao invés de aplausos, porém, ouviu provocações de parte da torcida.

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Desfalques – O UFC 147 tinha tudo para ser o evento mais espetacular da história do MMA no país. A aguardada revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen deveria acontecer neste fim de semana – assim como o confronto entre Wanderlei Silva e Vitor Belfort, outra reedição de um combate memorável. Os planos incluíam ainda a quebra de um recorde de público, com a realização da noitada de lutas num estádio – Morumbi, Pacaembu e Engenhão foram cogitados. A realidade, porém, foi muito diferente: o evento foi transferido para Belo Horizonte e perdeu três de seus quatro astros.

A luta entre Anderson e Sonnen foi transferida para Las Vegas por motivos comerciais e burocráticos. E o card sofreu novas mudanças em função de lesões de última hora. O duelo principal será entre o brasileiro Wanderlei Silva e o americano Rich Franklin que lutaria no UFC 148, em 7 de julho, mas aceitou o desafio de pegar Wanderlei sob a condição de entrar no octógono com alguns quilos acima do limite da categoria dos médios. A decisão do reality show The Ultimate Fighter foi mantida, mas Daniel Sarafian, um dos finalistas, também se lesionado e deu lugar a Serginho Moraes. Apesar de tantas mudanças, a noite de lutas atraiu muitos fãs de MMA, pois contou com vários estreantes e dois veteranos tentando provar que ainda podem disputar o cinturão.

Revanche – As dificuldades do UFC 147 começaram quando os organizadores não conseguiram confirmar a edição em São Paulo, por causa de problemas com a Prefeitura. A solução foi voltar ao Rio de Janeiro, que já recebeu duas noites de lutas. A realização da Rio +20, porém, estragou os planos – com o evento internacional, a cidade ficou sem quartos de hotel em quantidade suficiente para receber os torcedores. Ficou definido que o evento aconteceria em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho. O esperado reencontro de Wanderlei Silva e Vitor Belfort – que venceu o rival em 1998, no primeiro UFC realizado no país, em São Paulo – passou a ser a luta principal do card. Faltando menos de um mês para a luta, porém, Belfort machucou a mão esquerda em um treino. Para salvar o card, mantendo pelo menos Wanderlei como atração, Belfort foi substituído por outro veterano, Rich Franklin. Ex-professor de matemática nos Estados Unidos, Franklin foi campeão dos médios entre 2005 e 2006, mas perdeu seu cinturão para Anderson Silva. O americano derrotou Wanderlei em 2009. Desta vez, no entanto, o brasileiro disse que só sai do octógono “com a vitória ou morto”. Depois de vencer o vietnamita Cung Le, no UFC 139, o brasileiro espera convencer os organizadores do torneio que ainda tem nível para disputar o cinturão dos médios.

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