Túlio Maravilha é citado em gravações de Carlinhos Cachoeira
Citado em telefonemas de Cachoeira gravados pela PF, jogador teria pedido ao bicheiro cerca de 30.000 em março de 2011
Em busca de seu milésimo gol, o atacante do Tanabi-SP e ex-vereador de Goiás, Túlio Maravilha teve seu nome envolvido com Carlinhos Cachoeira, bicheiro preso pela Polícia Federal (PF) em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, ação que desbaratou um esquema de exploração de jogos ilegais comandado por Cachoeira e revelou uma rede suprapartidária de políticos envolvidos com ele.
De acordo com a edição de segunda-feira do jornal O Dia, Túlio teve seu nome citado em telefonemas de Cachoeira, gravados pela PF entre os dias 11 e 31 de março de 2011, além de pedir ao bicheiro cerca de 30.000 reais naquele mês. Em uma conversa no dia 13 com Geovani Pereira, seu contador, Cachoeira diz que Santana Gomes, vereador de Goiânia pelo PMDB, mesmo partido que levou o jogador à Câmara, havia descoberto o que Túlio queria com ele: que Carlinhos assumisse um cargo fantasma em seu gabinete.
Segundo o jornal O Globo desta terça-feira, existe um vídeo com “imagens comprometedoras” de Túlio com o prefeito da cidade, Paulo Garcia, do PT. O vídeo estaria com Luciano Pedroso, do PSB – que substituiu o jogador na Câmara em setembro do ano passado, quando o atleta decidiu jogar pelo Bonsucesso, do Rio -, ou com um homem identificado como Urto.
Em nova conversa com Cachoeira, Santana afirma que o conteúdo do vídeo era “uma bomba”. Para comprá-la, o vereador diz que Luciano Pedroso pediu 300.000 reais, além de dois cargos políticos.
Levy Leonardo, advogado de Túlio, confirmou que o jogador recebeu os 30.000 reais de Cachoeira, mas na sua campanha para deputado estadual, em 2010. O motivo para a colaboração, segundo Levy: Cachoeira torce pelo Botafogo. “O Túlio é uma pessoa muito carismática. Ele se envolve com as pessoas, conhece bastante gente. Um dado importante é que Cachoeira é botafoguense. Pode ter vindo daí esse conhecimento dele com o Túlio. Mas envolvimento em negócios, esquemas, nunca houve.”
(Com agência Gazeta Press)