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Título põe Tite entre os principais técnicos do Brasil

Por Da Redação
4 jul 2012, 23h57

Por AE

São Paulo – Aos 51 anos, Tite escreve seu nome definitivamente entre os principais treinadores do Brasil com o título do Corinthians na Copa Libertadores, vencido nesta quarta-feira. Além da importância natural da conquista, ele será lembrado para sempre por ser um dos responsáveis por acabar com um dos maiores fantasmas do futebol brasileiro, já que o torneio continental era o principal sonho da torcida corintiana.

E Tite é, sim, um dos grandes causadores desta vitória. Chamado de retranqueiro em muitas oportunidades, foi ele quem imprimiu o estilo marcador a este Corinthians, que tem justamente em sua defesa a maior virtude. A invencibilidade ao longo dos 14 jogos da competição só foi conquistada graças à consistência dada pelo esquema de jogo do treinador.

Na equipe de Tite, todos têm alguma função defensiva, principalmente se levarmos em conta a formação que terminou o torneio como titular. Jorge Henrique e Emerson eram os dois atacantes, no esquema 4-4-2, mas não era raro vê-los defendendo, marcando os laterais adversários. Em alguns momentos, como no primeiro jogo contra o Santos, Jorge Henrique chegou a marcar o atacante do rival – no caso, Neymar.

Foi desta forma, também, que o treinador garantiu uma defesa quase intransponível ao longo da competição. Na fase de grupos, por exemplo, foram apenas dois gols sofridos em seis partidas disputadas.

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Mas para chegar a esta conquista e escrever seu nome de vez na história do Corinthians, Tite precisou superar diversos obstáculos. Contratado no final de 2010 para sua segunda passagem pelo clube, o treinador viu seu time sucumbir ao Fluminense e ficar com a terceira colocação do Campeonato Brasileiro daquele ano, depois de ter o título praticamente nas mãos.

Com isso, a equipe acabou indo para a fase preliminar da Libertadores do ano seguinte e foi aí que ele sofreu o golpe mais duro no comando do Corinthians. Diante do inexpressivo Deportes Tolima, o time brasileiro acabou caindo, depois de um empate por 0 a 0 no Pacaembu e uma derrota por 2 a 0 na Colômbia. Para piorar, o técnico foi duramente criticado por suas opções na escalação, principalmente na segunda partida, quando deixou Roberto Carlos de fora e não escalou nenhum meia.

Até hoje o próprio Tite admite que a sua permanência só aconteceu por causa da vitória na partida seguinte, diante do Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. Apesar da crise instaurada, o treinador soube se reerguer no comando da equipe e levou-a ao título brasileiro daquele ano.

Com estilo motivador e de fala difícil, o técnico corintiano se tornou um personagem, principalmente em suas entrevistas coletivas, cheias de palavras complicadas e palavrões. Foi desta forma que ele colocou seu nome no seleto grupo de treinadores brasileiros campeões da Libertadores, se tornando o 12.º a conseguir o feito.

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Muito antes, no entanto, ele já havia chegado perto de alcançar este sonho. Em 2001, garantiu o direito de disputar a competição continental com o Grêmio ao vencer a Copa do Brasil, batendo justamente o Corinthians na final. Há dez anos, no entanto, viu o time gaúcho parar na semifinal ao ser derrotado nos pênaltis pelo Olímpia, do Paraguai, em pleno Estádio Olímpico.

Com a conquista desta quarta-feira, Tite confirma-se entre os maiores técnico do País, ao lado de nomes como Luiz Felipe Scolari, Muricy Ramalho e Abel Braga. Para se ter uma ideia da dificuldade de disputar uma Libertadores, Vanderlei Luxemburgo, um dos principais treinadores brasileiros dos últimos tempos, jamais a venceu.

Este foi o segundo título continental do técnico corintiano, que havia vencido a Copa Sul-Americana com o Internacional em 2008. Depois de passar dez anos em clubes de menor expressão no Rio Grande do Sul, no início da carreira, Tite despontou para o futebol no Grêmio. Depois, passou pelo São Caetano, antes de desembarcar no Corinthians para sua primeira passagem, em 2004, quando livrou o time do rebaixamento no Brasileirão. Então, seguiu para o Atlético Mineiro, comandou ainda Palmeiras, Al Ain e Al-Wahda, antes de voltar ao Parque São Jorge.

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