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Tite usa ‘Capita’ como motivação e diz que vitória foi homenagem

Treinador disse que usou gol de Carlos Alberto Torres em 1970 como exemplo de "senso de equipe" e explicou como conseguiu parar Messi no Mineirão

Por Alexandre Salvador, Alexandre Senechal e Luiz Felipe Castro, da Belo Horizonte
Atualizado em 11 nov 2016, 02h13 - Publicado em 11 nov 2016, 01h17

Tite manteve o semblante tenso mesmo depois da vitória mais contundente e importante de sua carreira na seleção brasileira. Logo depois da vitória por 3 a 0 sobre a Argentina na noite desta quinta-feira, no Mineirão, o treinador agradeceu o apoio da torcida mineira, mas despistou sobre a euforia causada com os gritos de “o campeão voltou” e, em bom “titês” (falando muito e rápido, quase sempre sobre movimentações táticas), explicou como anulou Lionel Messi na partida. O treinador gaúcho ainda revelou que a morte de Carlos Alberto Torres foi usada na preleção e serviu como motivação para os atletas.

As homenagens ao capitão da Copa de 1970, que morreu no último dia 25 após sofrer um infarto fulminante, começaram na entrada em campo. O lateral Daniel Alves, lateral-direito como o ‘capita”, ostentou a faixa de capitão e trocou a camisa 2 pela 4, eternizada por Carlos Alberto. Todos os jogadores também entraram com uma faixa preta estilizada com a imagem do ex-jogador, em sinal de luto. O gol mais emblemático da carreira de Carlos Alberto, na final da Copa de 1970, foi citado por Tite no papo com os atletas antes do jogo.

“Terminei a palestra com o gol do Carlos Alberto. Essa imagem nos ensina muito. O Tostão veio dobrar a marcação do lado e roubou a bola. Na sequência, quase todos tocaram na bola. Depois abriu no um contra um com Jairzinho e apareceu o Carlos Alberto como sustentação pelo lado para fazer o gol.  Essa é a imagem perfeita do senso de equipe. Talvez nossa melhor homenagem tenha sido essas ações solidárias de jogadores extraordinários nesta noite”, disse.

Brasil x Argentina
Jogadores da Seleção Brasileira usaram uma faixa em homenagem a Carlos Alberto Torres (Dudu Macedo /Fotoarena/Folhapress)

Tite revelou uma estratégia que adotou para minimizar a participação de Messi, apagado ao longo da partida. “O abastecimento para Messi vinha de de Zabaleta e Otamendi. E aí a gente deixou Gabriel Jesus e Neymar só desse lado e forçamos uma saída pelo lado esquerdo da Argenntina, para que a bola não chegasse muito no Messi. Ele, então, começou a sair daquela zona mais perigosa e ficou mais confortável para nós.”

Tite disse estar “feliz, contente e satisfeito”, mas foi bastante econômico em suas respostas. Contou que não abraçou o técnico argentino Edgardo Bauza ao final da partida pois sabia que o adversário estava “chateado” e contou que se surpreendeu com o 3 a 0. “Não imaginava um placar elástico, imaginava um grau de dificuldade maior, como estava sendo, mas as circunstâncias do jogo fizeram a Argentina se expor mais, avançar suas linhas, e os espaços acabaram acontecendo pra nós.

O treinador gaúcho negou que a vitória tenha sido uma redenção do 7 a 1 de 2014 e disse que os adversários nunca deixaram de respeitar a seleção brasileira. “O respeito já tinha antes, a história toda e o peso que eu tenho de estar numa cadeira que grandes técnicos estiveram, os jogadores vestirem uma camisa pesada.” O técnico, então, novamente pôs o pé no freio. “Foram cinco jogos. Estou contente e satisfeito, sim, mas é uma etapa de classificação para o Mundial. Esta equipe vai crescer. Tem que saber sofrer, como fez no início.”

Bauza – O ex-treinador do São Paulo, cada vez mais pressionado no cargo, não escondeu seu abatimento com a derrota no Mineirão. Bauza considera que o jogo foi equilibrado até o segundo gol, marcado por Neymar, que desestabilizou sua equipe.

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“A diferença terminou sendo muito grande porque o jogo terminou com muito espaço para o Brasil aproveitar e sabemos das qualidades que eles têm. Planejamos uma partida brigada no meio do campo, que conseguimos fazer bem, mas um erro nos custou o primeiro gol. Mas o maior problema foi o segundo gol, no fim do primeiro tempo, que complica muito. Tivemos que arriscar, coloquei Messi mais pela direita e Aguero próximo de Higuaín, mas também não adiantou porque criamos pouco.”

Bauza considerou a derrota “duríssima”, mas disse que o grupo argentino se levantará para a próxima partida, contra a Colômbia “Estamos muito chateados, mas com forças e agora temos uma chance de revanche importantíssima, contra a Colômbia.” A Argentina segue em sexto nas Eliminatórias, com 16 pontos, posição que a deixaria fora da Copa de 2018. O Brasil lidera com 26 pontos e enfrenta o Peru, em Lima, na próxima quarta-feira.

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