O Corinthians deu vexame e foi eliminado pelo modesto Tolima, da Colômbia, ainda na fase preliminar da Copa Libertadores do ano passado. Parte da torcida fez pressão pedindo a saída do técnico Tite, mas o então presidente Andrés Sanchez optou por segurá-lo. Com moral após a conquista do título brasileiro, o treinador inicia a edição 2012 da competição continental agradecendo pela confiança.
‘Quero reiterar o agradecimento à direção passada. Falando do presidente Andrés, eu falo de todos. É muito difícil um time da grandeza do Corinthians ficar em uma pré-Libertadores e dar sequência ao trabalho. Colheu ali na frente, com o título brasileiro’, comentou o treinador, que continua respaldado após a vitória do situacionista Mário Gobbi Filho nas eleições do último sábado.Uma das características que a diretoria corintiana tenta manter é a capacidade de dar de ombros para a chiadeira das arquibancadas e segurar o treinador pelo maior tempo possível, sempre pensando em projetos a longo prazo. Tite ficou sob pressão outras vezes, sendo que as mais graves foram após confrontos com o Santos. Primeiro na final do Paulistão e depois na derrota por 3 a 1, em pleno Pacaembu, durante momento crítico do Brasileirão.
‘O Corinthians foi a equipe que mais venceu no Campeonato Brasileiro, uma competição extremamente difícil. Aprendeu perdendo. Pegou na final do Paulista o Santos, que depois seria campeão da Libertadores, com Neymar e Ganso jogando uma enormidade. A torcida vai lembrar que até o presidente Luis Álvaro estava pedindo o término do jogo. E nós em cima, nós em cima’, acrescentou Tite, sempre exaltando a manutenção do elenco campeão para esta temporada.
‘A base foi mantida. Não quer dizer que vamos ganhar (a Libertadores), mas temos grande oportunidade. Começa o campeonato com uma base mais sólida, com peças de reposição. Dentro da competição, você tem que construir uma equipe vitoriosa’, completou.
O Alvinegro faz sua estreia no torneio continental na noite desta quarta-feira, contra o Deportivo Táchira, na Venezuela.