Em busca de melhores opções para a Seleção Brasileira, Mano Menezes também é obrigado a lidar com controvérsias sobre a utilização de atletas pedidos pela torcida. No jogo contra a Argentina em Córdoba, o técnico foi bastante questionado sobre a decisão de não usar o são-paulino Lucas. Antes, ele já convivia com críticas pela a ausência de Hernanes, destaque da Lazio no Campeonato Italiano.
No primeiro caso, Lucas chegou a admitir a frustração por não ter uma chance no jogo de ida do Superclássico das Américas, na semana passada. Ainda assim, Mano Menezes evitou polêmicas sobre a situação.
‘Eu também estou ansioso para a presença do Lucas no time, eu o enxergo com grande potencial para 2014. Mas entre ansiedade e razão, às vezes estabelece uma distância. Na fala dele, não senti inconformidade, o problema é que você precisa responder, em certas ocasiões, questões que não quer. Coube a ele tomar uma posição’, disse o comandante da Seleção Brasileira nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro após anunciar duas convocações.
Na visão de Mano Menezes, Lucas não pode ser usado como um armador, por isso encontra uma concorrência maior na Seleção Brasileira. ‘Ele disputa posição com o Neymar e o Ronaldinho, é assim que joga no São Paulo, como três jogadores dando sustentação, o Wellington, Casemiro e o Paraíba’, avisou.
Quando o assunto passou a ser Hernanes, Mano Menezes apresentou um discurso mais ríspido. O volante não era chamado desde o mês de fevereiro, no jogo contra a França, em Paris, quando foi expulso ainda no primeiro tempo por uma falta desnecessária no meio-campo. O técnico rejeitou a teoria de que estava dando uma suspensão ao ex-são-paulino.
‘Às vezes, temos a impressão de que falamos com as paredes. Nunca dei suspensão ao Hernanes. Foi falado isso por muito tempo. Não tem nada disso, jamais faria isso, não é da minha linha. Sempre fui técnico de diálogo’, justificou.