Um dos maiores jogadores da história da NBA, o recém aposentado Shaquille O’Neal revelou histórias de desavenças com os ex-companheiros Kobe Bryant e Pat Riley. Em sua biografia, de nome ‘Shaq sem censura: Minha história’, ele afirmou ter quase chegado às vias de fato com o jogador do Los Angeles Lakers e o ex-técnico do Miami Heat durante a carreira.
A biografia, ainda não lançada, teria tido detalhes revelados pelo portal ‘Deadspin.com’. Nela, o ex-pivô – que também passou por Orlando Magic, Phoenix Suns, Clevelans Cavaliers e Boston Celtics – teria tido dois entreveros com Bryant, atual camisa 24 dos Lakers, e com Riley, hoje dirigente do time da Flórida, onde os dois teriam provocado as situações de discussão.
Com Kobe Bryant, o relacionamento já era sabidamente ruim. Em 2003, as divergências públicas entre os dois teriam irritado os companheiros, e eles decidiram por uma trégua. Mas em certo momento, no entanto, Kobe não a respeitou.
‘Antes de começar a temporada 2003/2004, Kobe estava no olho do furacão porque poderia ser preso, acusado de estupro. E eu, porque ainda não tinha renovado contrato com os Lakers. Então nos atacávamos publicamente com essas coisas. Pouco antes de começar a temporada, a comissão técnica nos chamou e ordenou que parássemos com os ataques públicos, ou então seríamos multados. Phil (Jackson, técnico) estava cansado disso, e Karl (Malone, ex-ala) e Gary (Payton, ex-armador) estavam de saco cheio. Mas o que aconteceu? Logo depois disso, Kobe deu aquela entrevista me criticando’, explicou O’Neal.
‘Ele falou que ?eu estava gordo e fora de forma, que estava exagerando em uma lesão no dedo polegar do pé, que não era tão grave como parecia – sim, é isso, justamente aquela lesão que me fez encerrar a carreira. Também falou que eu estava pressionando para conseguir uma extensão de contrato, quando haviam dois ‘Hall os Famers’ (Malone e Payton, integrantes do Hall da Fama do basquete norte-americano) na equipe jogando praticamente de graça’. Eu estava diante da televisão e fiquei a ponto de explodir. Horas antes havíamos prometido para o técnico que encerraríamos o clima de guerra, e ele rompeu a trégua. ?Vou matá-lo’, afirmei’.
Eternizado como o camisa 34 dos Lakers (onde viveu a melhor fase da carreira), ele também foi campeão com o Miami Heat, em 2005. E depois disso, teve um entrevero com o então treinador, Pat Riley, a quem ficou muito próximo de agredir em certa ocasião.
‘Minha saída de Miami aconteceu em fevereiro de 2008. Havia muita tensão entre Pat Riley e os jogadores. Um treinamento havia acabado de começar e Jason Williams apareceu uns dez segundos atrasado. Pat gritou e o repreendeu: ?Saia já daqui!’. Eu falei que, como um time, deveríamos permanecer unidos. Quando de repente ele direcionou sua ira a mim, gritando que ?se eu não tivesse gostado, poderia deixar o treino também’. Eu o perguntei: ?Por que você não me tira daqui’, e dei dois passos na sua direção’.
‘Foi quando Udonis Haslem (ala-pivô do Heat) entrou na minha frente, e eu o tirei do meu caminho. Depois, Zo (Alonzo Mourning, ex-pivô) tentou me segurar, e eu o joguei de lado como uma boneca de pano. E fiquei cara a cara com Riley, queixo com queixo. Eu empurrei o seu peito com o dedo indicador, e ele respondeu batendo em minha mão. A coisa foi ficando feia, e barulhenta. Ele gritou: ?que se f…’, e eu respondi: ?que se f… você’. Mas Zo tratou de acalmar os ânimos. Ainda com a voz embargada, ele disse: ?grandalhão, não, grandalhão…’, e finalmente eu dei meia volta, dizendo: ?Não se preocupe, não vou bater nele. Acha que estou louco?”, relatou o ex-pivô, que se aposentou das quadras no início de 2011, aos 39 anos.