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Sem regulamentação, fair play já deixou Verdão como ‘réu e vítima’

Por Da Redação
11 out 2011, 07h55

O questionamento sobre a postura dos atletas em campo tem sido frequente nos jogos do Campeonato Brasileiro-2011. O motivo é, na maioria das vezes, o mesmo: acusações de falta de fair play no momento de contusões em que jogadores ficam caídos no gramado. A última polêmica acabou registrada no clássico entre Santos e Palmeiras, neste domingo, na Vila Belmiro.

Desta vez, a discussão saiu justamente no lance que definiu a vitória santista por 1 a 0 e teve como pivô um atleta que esbanja vivência no futebol. O lateral esquerdo Léo, de 36 anos, seguiu uma jogada enquanto um companheiro do próprio time estava caído – o meio-campista Danilo – e cruzou para Borges balançar as redes de cabeça. Os representantes do Verdão alegam que não partiram para a marcação mais forte porque esperavam que a bola fosse jogada pela linha lateral.

O Sindicato dos Atletas Profissionais de SãoPaulo reconhece que não há uma regulamentação oficial sobre o assunto. ‘Essa situação do fair play é uma coisa que ficou implícita dentro dofutebol, a gente espera que seja respeitado, é feio quando nãoacontece, mas não existe uma obrigatoriedade’, explicou RinaldoMartorelli, presidente da entidade.

O próprio Palmeiras, depois de reprovar a postura de Léo, também reconheceu a inocência em campo. O primeiro a reclamar do time foi o técnico Luiz Felipe Scolari. Nesta segunda-feira, o volante Chico apresentou um discurso sem muita convicção. ‘Ele (Léo) pode ter tido um pouco mais de malandragem. O mais certoseria colocar a bola para fora, mas nós tínhamos de estar atentos. Sefosse o Palmeiras com a bola, colocaria para fora’, comentou.

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O mais curioso é que o Palmeiras também já sofreu a acusação de não respeitar o fair play na própria temporada 2011. Visto como polêmico em algumas situações, o atacante Kleber quase proporcionou uma briga generalizada contra o Flamengo, no estádio do Pacaembu, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.

Durante o segundo tempo, o jogo no estádio do Pacaembu foi paralisado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden em função da contusão do flamenguista Junior Cesar. Na reposição, o elenco Rubro-Negro esperava a gentileza do adversário, porém Kleber dominou a bola no campo de ataque, partiu em direção à meta rival com velocidade e quase marcou em um chute cruzado.

Aliás, o caso trouxe desdobramentos. Através da imprensa, jogadores do Flamengo – principalmente o meia Renato Abreu – criticaram Kleber de forma incisiva. Como resposta, o Gladiador usou o Twitter para ironizar os adversários.

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Representante dos jogadores em São Paulo, Rinaldo Martorelli reconhece que a discussão do fair play é complexa. ‘Não há uma orientação, não existe nem um clube preocupado com isso. É uma coisa de respeito entre os atletas’, esclareceu o presidente do sindicato, que vai além ao citar que o futebol, em sua opinião, não trabalha de forma paralela com a ética, tanto dentro como fora das quatro linhas.

‘Nós estamos em um ambiente em que há problemas em vários setores. Em 2010, até a torcida queria que o Palmeiras perdesse para prejudicar o Corinthians. No ano anterior (2009), os corintianos fizeram o mesmo com o São Paulo. Estamos em um setor em que a ética aparece quando interessa’, advertiu Rinaldo Martorelli.

* Colaborou Luiz Ricardo Fini

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