
O debate no Palmeiras por eleições diretas ainda não está perto do fim, mas o diretor jurídico do clube, Piraci Oliveira, alega que o projeto está em andamento. O dirigente, que formou um grupo de conselheiros para debater o assunto, explica que não há prazo para o desfecho do processo.
‘Estamos debatendo o assunto, discutindo várias coisas. É um trabalho de elaboração e está andando, mas, quanto mais aprofundamos, mais dúvidas surgem. Não temos uma data e não podemos ter pressa. O objetivo é resolver no menor tempo, mas, para modificar algo centenário, não dá para fazer com a faca no pescoço’, afirmou o dirigente, em contato por telefone com a GE.Net.
O dirigente explica que os requisitos para eleitores e candidatos ainda geram um debate maior nos bastidores do clube. ‘Existem duas grandes dúvidas: quem pode votar e quem pode ser eleito. Estamos vendo se o sócio-torcedor pode, quanto tempo a pessoa precisa ser associada (para votar), qual tipo de conselheiro pode ser eleito…’.
Piraci ainda afirma que uma ideia sua está ganhando força, que é a proibição de sócios que torçam para outros clubes votarem para presidente do Palmeiras. ‘Isso continua na pauta e tem cada vez mais adesão de outros conselhos’.
O movimento do diretor foi criado neste ano, mas o debate se arrasta há mais tempo no Palmeiras. O grupo político Fanfulla defende seu próprio projeto de eleições diretas e contesta a iniciativa de Piraci. A ala opositora briga na Justiça para conseguir colocar seu plano em votação no Conselho Deliberativo, pois alega que o dirigente nunca foi a favor das Diretas.