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Seleção da Itália já aceita ideia de abandonar a Eurocopa

Após premiê cogitar suspensão geral do futebol, técnico fala em deixar torneio

Por Da Redação
1 jun 2012, 10h35

“Mesmo as pessoas mais fortes podem ser sensíveis”, disse Prandelli sobre Buffon, goleiro e líder da seleção, que também foi citado no escândalo

O técnico da seleção da Itália, Cesare Prandelli, disse nesta sexta-feira que aceitaria uma possível retirada da equipe da Eurocopa em função do envolvimento do futebol italiano em um enorme escândalo de manipulação de resultados. A investigação levou a 14 prisões nesta semana, e o lateral esquerdo Domenico Criscito, do Zenit, foi cortado da pré-lista de convocados da Itália para o torneio após ter revelada sua possível participação no escândalo. Na quinta, o primeiro-ministro do país, Mario Monti, já tinha falado até mesmo em suspensão total da modalidade na Itália. O futebol ficaria proibido durante dois ou três anos. Monti disse, porém, que essa era sua posição pessoal, e não uma possível medida do governo.

“Se você nos disser que, para o bem do futebol, a seleção não deve ir para a Eurocopa, não seria um problema para mim. Há coisas que considero mais importante”, disse Prandelli em entrevista à rede estatal Rai, em Zurique. “Prefiro enfrentar as coisas ao invés de tomar uma posição sem pensar nas consequências. Quero falar apenas sobre futebol, mas tudo o que está acontecendo significa que não podemos fazer isso”, lamentou o treinador. Prandelli e o resto da delegação estão na Suíça, onde vão disputar um amistoso contra a Rússia, no último teste antes do torneio continental. A polícia financeira examinou os registros bancários do goleiro Buffon, da Juventus e da seleção, por suspeitar que ele fez grandes apostas, mas acredita-se que ele tenha sido inocentado das acusações.

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“Como está Buffon? Você terá que perguntar a ele”, disse Prandelli. “Ele é muito forte, com uma grande personalidade. Ele consegue esconder momentos desconfortáveis, mas, apesar disso, mesmo uma pessoa como ele pode sofrer em um momento difícil como este. Mesmo as pessoas mais fortes podem ser sensíveis”. Também nesta sexta, Antonio Conte, técnico que comandou a Juventus na conquista do título do Campeonato Italiano nesta temporada, também foi oficialmente notificado de que está sob investigação por irregularidades quando dirigiu o Siena na temporada 2010/2011. Além dos detidos na segunda, três pessoas foram colocadas em prisão domiciliar e outras duas têm de se apresentar à polícia. Cinco prisões foram feitas na Hungria.

Muitos outros sofreram buscas nas suas casas, incluindo Pellissier, atacante do Chievo, além de Conte e Criscito. A investigação foi iniciada pelas autoridades judiciais em Cremona no ano passado. Ela resultou na suspensão de Doni, ex-capitão da Atalanta, por três anos e meio do futebol, e na prisão de Signori, ex-capitão da Lazio. Os promotores de Cremona dizem que o esquema de manipulação de resultados tem um rede extensa, que possui relação com Singapura e a América do Sul, e existiria há mais de 10 anos. A Itália só se recuperou recentemente do escândalo de manipulação descoberto em 2006, que resultou no rebaixamento da Juventus para a segunda divisão e várias outras punições a jogadores e clubes. Na ocasião, assim como agora, a Itália se preparava para uma grande competição – a Copa do Mundo, que acabou vencendo.

(Com Agência Estado)

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