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Ronaldo vai anunciar aposentadoria nesta segunda-feira

Aos 34 anos, jogador encerra uma das brilhantes carreiras do futebol. Em entrevista a jornal, Fenômeno afirma que as dores o impedem de continuar

Por Da Redação
14 fev 2011, 06h59

“Eu queria continuar, mas não consigo. Penso uma jogada, mas não executo como quero […] Até para subir escadas sinto dores”

Ronaldo, sobre os motivos que o levaram a decidir pela aposentadoria

A carreira de um dos jogadores mais brilhantes da história do futebol vai chegar ao fim nesta segunda-feira. Aos 34 anos, Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Fenômeno, anuncia nesta tarde sua aposentadoria. O jogador convocou uma entrevista coletiva no Centro de Treinamento do Corinthians, clube que defende desde 2009, para o anúncio oficial. Mas a decisão de Ronaldo já foi confirmada por ele em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e também ao programa Fantástico, de Rede Globo, neste domingo.

Ao Estado de S. Paulo, Ronaldo afirmou que “não aguenta mais”. “Eu queria continuar, mas não consigo. Penso uma jogada, mas não executo como quero. Tá na hora. Mas foi lindo pra caramba”. Ele encerrará sua carreira 18 anos depois de sua estreia pelo Cruzeiro, com um saldo de mais de 400 gols em sete clubes e na seleção brasileira – incluindo 15 gols em Copas -, e ostentando os títulos de melhor jogador do mundo em 1996, 1997 e 2002.

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Trajetória: Os números que fazem de Ronaldo um Fenômeno

Em entrevista concedida a VEJA às vésperas da Copa do Mundo de 2006, Ronaldo afirmou que não pretendia pendurar as chuteiras antes dos 35 anos.

A gota d’água – Ronaldo se declarou bastante frustrado com a eliminação precoce do Corinthians na Taça Libertadores da América, torneio cuja conquista, inédita, se tornou uma obsessão para o time paulista. Os alvinegros foram eliminados pelo modesto Tolima, da Colômbia, antes mesmo da fase de grupos da competição. Como resultado, , o Fenômeno se viu sem motivação para encarar mais um ano de lesões e dificuldades para manter-se no peso, a exemplo do que já ocorrera em 2010.

A reação irascível de parte da torcida corintiana após a eliminação da equipe no torneio continental também colaborou para acelerar a decisão de deixar os gramados: torcedores invadiram o Centro de Treinamentos do clube, depredaram carros, picharam muros com frase ofensivas e acossaram membros da comissão técnica e jogadores.

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Dores – Com um histórico de nove cirurgias, Ronaldo reclamava das dores que sentia para realizar tarefas bem mais singelas que ludibriar zagueiros adversários. “Até para subir escadas sinto dores”, declarou ao Estado de S .Paulo. As cirurgias a que o atleta se submeteu, em especial as três no joelho, quase abreviaram sua carreira. Em 2001, boa parte da imprensa esportiva, apoiada não raro em vaticínios de médicos renomados, dava como certo o final da trajetória de Ronaldo nos gramados. Mas o jogador não só se recuperou, como ajudou o Brasil a conquistar o pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002.

Desta vez, porém, o corpo do craque não apresentou a mesma capacidade de recuperação de outros tempos. Os números de Ronaldo com a camisa corintiana refletem a dificuldade em superar as dores. Em 2009, no ano de sua chegada, ele marcou 23 gols em 38 jogos; no ano passado, foram seis gols em apenas 11 partidas; neste ano, quatro jogos e nenhum gol, situação incomum para o jogador que registrou média de gols respeitáveis em quase todos os clubes que defendeu – 0,91, por exemplo, tanto no holandês PSV quanto no Barcelona, equipe que o alçou ao estrelato do futebol mundial. Na seleção brasileira, está atrás apenas de Pelé, com 62 gols marcados em 97 jogos.

Futuro: Aposentado, Ronaldo deverá dedicar-se ao marketing esportivo

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Números – Ronaldo acumulou marcas impressionantes em sua carreira. Ele é o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 15 gols – em 2002, marcou dois deles na final da competição, sagrou-se artilheiro e levou o grupo comandado pelo técnico Felipão à conquista do pentacampeonato. Foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em três anos: 1996, 1997 e 2002, marca que compartilha com outro gênio dos gramados e ex-companheiro de Real Madrid, o francês Zinedine Zidane. Marcou 414 gols em toda a carreira.

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