Rio 2016: Reclamações da imprensa internacional aumentam
Notícias relatam trocas de tiros, balas perdidas e até atleta com infecção intestinal depois de prova na Baía de Guanabara
Por Da redação
Atualizado em 12 ago 2016, 15h57 - Publicado em 12 ago 2016, 11h23
Voluntário na Vila Olímpica, no Rio. Imprensa estrangeira está malhando os Jogos Ivan Alvarado/Reuters
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Os olhos do mundo estão voltados para o Rio de Janeiro. Desde o dia de abertura dos Jogos, a imprensa estrangeira noticia episódios que vão desde a já infelizmente habitual violência carioca, passando pelo trânsito caótico à falta de organização nas entradas de jogos, que em algumas ocasiões foram marcadas por longas filas sob o sol escaldante. Teve até notícia sobre atleta com disenteria depois de uma prova na Baía de Guanabara.
Confira algumas das notícias desanimadoras publicadas pela imprensa gringa:
1/7 Mesmo com a presença massiva do Exército brasileiro nas redondezas do Maracanã durante a cerimônia de abertura dos Jogos não houve paz. Um homem foi morto após uma tentativa de assalto nas imediações do estádio, noticiou o portal ‘El País’. As delegações de atletas que embarcam em suas vans para voltar para a Vila Olímpica estavam sob o olhar atento dos agentes. Mas a presença do Exército não foi suficiente para inibir criminosos ou para evitar que um comissário da Polícia Federal quase fosse atacado. Ele foi abordado por um grupo de quatro homens armados com facas do lado de fora do Maracanã. O comissário e outros dois policiais abriram fogo contra os assaltantes, causando pânico entre aqueles que deixavam o estádio. (Alkis Konstantinidis/Reuters)
2/7 O portal britânico do jornal 'The Independent' relatou o trânsito caótico no dia da cerimônia de abertura dos jogos. “A saída do estádio do Maracanã após a cerimônia foi um caos com o trânsito parado e o metrô superlotado e poucos ônibus oficiais que estavam previstos para levar as equipes e a imprensa”, publicou. Além disso, de acordo com a reportagem, a organização foi forçada a pedir desculpas no sábado, quando os espectadores tiveram de esperar na fila do lado de fora do Parque Olímpico em um sol escaldante aguardando o acesso. ()
3/7 O problema na água que havia sido notado na piscina dos saltos ornamentais piorou e acabou migrando para a piscina usada para o polo aquático e a natação sincronizada, noticiou o jornal americano 'The New York Times'. Após testes, as autoridades Olímpicas disseram que o motivo era um desequilíbrio químico causado pelo grande número de pessoas que utilizam a água.
O jornal conta que houve especulações na terça-feira de que as responsáveis pela coloração da água fossem algas, teoria desmentida por funcionários. "No meio da tarde, houve uma diminuição repentina na alcalinidade na piscina de mergulho, e essa é a principal razão a cor mudou", disse Mario Andrada, um porta-voz Rio 2016, disse quarta-feira de manhã.
"Nós provavelmente falhamos ao não notarmos que com mais atletas a água pode ser afetada", disse o porta-voz. Ele afirmou também que a água não tinha sido monitorada cuidadosamente como deveria ter sido e que o problema foi aparentemente agravado pela chuva da manhã de quarta-feira. (Laszlo Balogh/Reuters)
4/7 O site americano 'Business Insider' noticiou que, no sábado, foi encontrado um projétil no Centro Olímpico de Hipismo, que, de acordo com a polícia, foi disparado por um rifle de uma favela nas proximidades. Segundo as autoridades, o alvo era um dirigível de vigilância que sobrevoava a cidade. (/Getty Images)
5/7 A atleta belga Evi Van Acker, medalha de bronze na última edição dos Jogos, perdeu as rodadas que disputaria por medalha na competição da classe Laser Radial depois de contrair uma doença intestinal. A estrela teve uma infecção grave durante a corrida na Baía de Guanabara. O treinador relatou ao portal do 'The Sun' que a atleta teve disenteria e grave perda de energia, o que tem impactado sua preparação. (William West/AFP)
6/7 Os enviados especiais do jornal catalão 'Mundo Deportivo', David Llorens e Joan Justribó, esperavam pelo ônibus oficial dos Jogos que os levaria para seu hotel no Parque Olímpico, mas foram surpreendidos por uma operação policial na favela do Jacaré. "No começo nós pensamos que eram fogos de artifício. Mas no terceiro estouro já demos conta do que estava acontecendo atrás de nós", disse Llorens.
Depois de uma pessoa recomendar que se escondessem devido à intervenção policial na favela, os jornalistas entraram em um edifício aonde ficaram até a situação se normalizar. "Falaram para termos paciência e que estávamos seguros. Disseram também que aqui no Rio isso é comum e que nestas situações o melhor a se fazer é ser cauteloso para evitar uma bala perdida", disseram os enviados especiais ao jornal. (Guto Maia /Frame/VEJA/VEJA)
7/7 A organização dos Jogos intensificou as patrulhas policiais ao redor do Parque Olímpico na quarta-feira após um ônibus ser atingido por tiros, de acordo com o portal do tabloide inglês 'The Mirror'. As vidraças foram quebradas e estilhaços provocaram pequenos cortes em duas pessoas. Duas pessoas se feriram. Posteriormente, o Comitê Organizador dos Jogos informou que não foram tiros, mas pedras arremessadas por vândalos. (Shannon Stapleton/Reuters)