Um protesto contra a atuação da polícia na tragédia que deixou 74 mortos no Egito acabou causando mais mortes ainda. Quatro pessoas morreram em confronto entre manifestantes e polícia no protesto, que ocorreu na madrugada de quinta para sexta-feira.
Segundo a mídia local, dois manifestantes morreram baleados nas ruas, enquanto outros dois faleceram ao tentar invadir uma delegacia. Além disso, 628 pessoas teriam ficado feridas entre civis e policiais.
Quase dez mil foram às ruas protestar contra o regime militar do Egito, indignados com a atuação das forças de segurança no evento que causou a morte de 74 pessoas em briga de torcidas após uma partida de futebol entre Al Ahly, maior clube do país, e Al Masry.
O regime militar entrou em cena após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, que foi deposto após quase 30 anos no poder em fevereiro do ano passado com a revolução causada pela onda de protestos no país. No entanto, a administração do governo atual causa polêmica e o país se encontra num estado frágil, com o regime contando com a desaprovação de boa parte do povo.
A tragédia ocorreu após vitória por 3 a 1 de virada do Al Masry sobre o Al Ahly. Ao final da partida, a torcida do Al Masry invadiu o campo para agredir jogadores do time adversário e brigar com a torcida do Al Ahly. Nenhum jogador foi morto, mas os atletas chegaram a ficar presos no vestiário. Três jogadores do Al Ahly anunciaram a aposentadoria após o incidente.