Qual a diferença entre as transferências mais caras no futebol feminino e masculino?

Neymar lidera entre os homens e Grace Geyoro detém o recorde batido neste ano

Por Natalia Tiemi Hanada SEGUIR SEGUINDO 1 nov 2025, 08h00

France's midfielder #08 Grace Geyoro (L) fights for the ball with Germany's midfielder #17 Franziska Kett (R) during the UEFA Women's Nations League semi-final football match between France and Germany at the Michel-d'Ornano Stadium in Caen, northwestern France, on October 28, 2025. (Photo by LOU BENOIST / AFP) — Grace Geyoro foi vendida por 1,65 milhões de euros do PSG para o London City Lionesses (LOU BENOIST/AFP)

As transferências de atletas de futebol feminino estão superando recordes neste ano. Pela primeira vez, a venda de jogadoras superou a casa do 1 milhão de dólares com Naomi Girma, Olivia Smith e no último mês com a ida da brasileira Amanda Gutierres para a liga americana. Os valores ainda estão distantes dos milhões da modalidade masculina, mas superam cada vez mais rápido recordes estagnados por muito tempo.

Por 18 anos, a transferência mais cara do futebol feminino foi da brasileira Milene Domingues da Fiammamonza para o Rayo Vallecano. A jogadora foi vendida por 310 mil dólares em 2002, mas sequer chegou a jogar na liga espanhola. Uma regra da Federação do país impedia a atuação de estrangeiras. A então esposa de Ronaldo Fenômeno, que mudava de clube para acompanhar o marido que foi para o Real Madrid, recebeu dispensa e voltou à Itália.

Apenas em 2020, a marca de Milene foi desbancada pela transferência de Pernille Harder do VfB Wolfsburg para o Chelsea. A dinamarquesa foi vendida por 334 mil dólares e passou três temporadas nos Blues antes de voltar para a Alemanha em 2023 e defender o Bayern de Munique até hoje.

A marca do 1 milhão de dólares foi superada em 2025. Naomi Girma deixou o San Diego Wave nos Estados Unidos rumo ao Chelsea por 1,1 milhão de dólares em janeiro; Olivia Smith superou a marca em julho com 1,34 milhões de dólares de saída do Liverpool para o Arsenal; e em agosto a mexicana Lizbeth Ovalle subiu ao topo da lista ao deixar o Tigres para o Orlando Pride por 1,5 milhões de dólares.

A francesa Grace Geyoro assinou com o London City Lioness em setembro e hoje é a mais cara da história. O ex-PSG deixou o país para jogar na Inglaterra em negócio avaliado em 1,8 milhões de dólares.

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A brasileira Amanda Gutierres também superou a marca dos 1 milhão de dólares. Eleita a 21ª melhor do mundo pela revista France Football, responsável pela premiação da Bola de Ouro, a centroavante deixou o Palmeiras no começo deste mês por 1,1 milhão de dólares. Ela aparece em quinto lugar na lista de transferências mais caras do futebol feminino.

Valores distantes

Ainda há uma distância monumental entre as transferências das mulheres e homens no futebol. A liderança entre os homens é de Neymar, quando o atacante deixou o Barcelona para jogar no PSG pelo valor de 222 milhões de euros (256,1 milhões de dólares).

Na sequência, aparecem Mbappé por 180 milhões de euros (207,7 milhões de dólares), Ousmane Dembélé por 148 milhões de euros (170,7 milhões de dólares), Alexander Isak por 145 milhões de euros (167,3 milhões de dólares) e Philippe Coutinho por 135 milhões de euros (155,7 milhões de dólares).