O pugilista britânico Dereck Chisora, derrotado na decisão dos jurados pelo ucraniano Vitaly Klitscko no sábado, foi preso pela polícia alemã neste domingo em Munique, depois de ter brigado com seu compatriota, o ex-campeão mundial David Haye, durante a coletiva de imprensa organizada depois da luta.
“Após os eventos do sábado à noite, foi pedida uma investigação criminal”, declarou um porta-voz da polícia de Munique à agência de notícia alemã SID, explicando ainda que Chisora, de 28 anos era suspeito de ter provocado lesões graves e de ter ameaçado Haye.
O boxeador e seu treinador Don Charles foram detidos enquanto estavam embarcando no avião que os levaria de volta para a Inglaterra.
A polícia alemã revelou que também queria interrogar Haye, mas o ex-campeão, que comentou a luta para o canal britânico BBC, já tinha deixado o país mais cedo pela manhã.
Chisora disse que seu compatriota era uma “vergonha” por ter “colocado em perigo o futuro da jovem geração”, e Haye rebateu ao chamá-lo de “perdedor”.
Em seguida, Chisora arremessou uma garrafa de água no seu desafeto e os dois homens trocaram socos na sala de imprensa, sob o olhar espantado de Vitaly Klitschko e do seu irmão mais novo Vladimir, detentores dos três títulos mundiais dos pesos pesados (WBA-WBC-IBF), que criticaram duramente o comportamento dos dois britânicos.
Chisora também teria ameaçado “dar um tiro” em Haye.
Thomas Pütz, presidente da Federação alemã de boxe (BdB), anunciou neste domingo que cogitava proibir Chisora de subir novamente no ringue. “Este cara é uma ameaça à sociedade”, alegou.
O pugilista já tinha feito jus à sua fama de ‘bad boy’ na véspera do combate ao dar um tapa no rosto de Klitschko após a pesagem.
Haye, de 31 anos, sagrou-se campeão dos pesos pesados pela WBA em 2007, e anunciou o fim da sua carreira em julho do ano após perder seu título para Vladimir Klitschko.
Ele mudou de ideia recentemente ao pedir uma luta contra o irmão Vitaly para o cinturão da WBC.