Em 2005, Alessandro Beti Rosa era um ilustre desconhecido para a torcida do Sport. Apelidado de Magrão, foi contratado junto ao Rio Branco de Americana para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B. Um dos heróis do retorno à elite em 2011, o goleiro vê a próxima temporada como afirmação do Leão. Para ele, que é ídolo da torcida, é só mais um ano de duras batalhas: o sétimo.
A quarta colocação sofrida do Brasileirão da Série B conquistada com uma vitória sobre o Vila Nova, no Serra Dourada, fez a festa de todos no Recife, inclusive do goleiro que traz sempre um semblante tranquilo, segurança e personalidade debaixo das traves. Seu comportamento dentro e fora de campo também é admirado por todos, tanto que, mesmo deixando a comemoração antes da hora por conta de uma pregação em sua Igreja, Magrão segue respeitado pelos companheiros.
Em férias até o próximo dia 26 de dezembro, o paulistano partirá na próxima semana para a terra natal onde, segundo ele, é um anônimo, e tem a possibilidade de ir ao shopping e ao cinema. Isso não acontece no Recife, onde a torcida do Sport o persegue e idolatra.
O principal de tudo isso para Magrão é o sentimento de dever cumprido. ‘Acordei sem o peso nas costas. A pressão estava grande demais, só a gente sabe a cobrança do dia a dia. Do torcedor que chega na rua e cobra. Essa torcida sempre teve o que comemorar e esse ano não vinha tendo. Felizmente, no final, conseguimos reverter isso’, disse o goleiro, ao Diário de Pernambuco.
2012, além de seu sétimo ano como goleiro do Sport, será o retorno do Sport para a Primeira Divisão do futebol nacional e, para o jogador, hora de provar ainda mais: ‘O desafio é bem maior e os jogos serão mais difíceis. Passei muitos anos bons aqui e espero que o próximo seja mais um ótimo ano na minha carreira’.
A história de Magrão no gol do Sport é marcada por altos e baixos. Depois de chegar ao time em 2005 e iniciar a Série B como titular, o jogador levou uma pancada na cabeça e foi substituído pelo experiente Maizena, que acabou terminando a temporada. No ano seguinte, Magrão foi campeão pernambucano e conseguiu o primeiro acesso para a Série A, mas ainda não tinha o status de hoje em dia.
Ele só caiu realmente nas graças da torcida em 2007, mais precisamente em um duelo contra o Palmeiras no Brasileirão. Naquela ocasião, ele já havia destronado Maizena, Gustavo e Kléber. Os outros três títulos estaduais, a Copa do Brasil de 2008 e a disputa da Libertadores no ano seguinte, quando fechou o gol em especial diante do Colo Colo, só consagraram o camisa 1.