O presidente do Grêmio, Paulo Odone, que viveu em muitos momentos de sua gestão períodos de grande afinidade com o torcedor, foi alvo de muitas críticas na vitória do Tricolor sobre o Coritiba no Olímpico, por 2 a 0.
O dirigente está enfrentando as consequências de liberar o técnico Renato Gaúcho do clube, um dos ídolos da torcida. Gritos como ‘Paulo Odone safado, só quer ser deputado’ e ‘Portaluppi, sim! Paulo Odone, não!’ foram entoados pelos gremistas na chegada do mandatário ao estádio e durante o jogo.
‘É a reação emocional daqueles que idolatram o Renato. A saída dele é atribuída a mim. Eu só concordei com a demissão, pois o Renato já sabia que tinha se desgastado. No meio da amargura e da paixão, você encontra sujeitos que se aproveitam e gritam ?Odone safado, só quer ser deputado’. Esse torcedor não quer me criticar como presidente’, declarou.
O presidente ainda disse, chateado, que nunca havia sido tão destratado pelos torcedores do Grêmio como foi durante esta semana, após mandar Renato Gaúcho embora. Paralelo a isso, ele agradeceu aos torcedores que apoiaram a equipe durante toda a partida e não o citaram.
‘Eu nunca tinha sido tão agredido pela torcida do Grêmio como foram nesses dias depois da saída do Renato. Quando o time está assim, tem que estar unido e ter o apoio da torcida. Agressão verbal não leva a nada. Meu agradecimento aos torcedores que apoiaram os 90 minutos e foram exemplares. Obrigado ao verdadeiro torcedor do Grêmio’, concluiu.
Com Julinho Camargo no comando, o Grêmio entra em campo na próxima partida do Campeonato Brasileiro contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli, às 16 horas (de Brasília) do próximo domingo, pela décima rodada da competição, tentando esquecer de vez Renato Gaúcho como técnico.