A punição ao zagueiro Bolívar, que foi condenado na última segunda-feira a ficar fora dos gramados pelo mesmo tempo que o lateral esquerdo Dodô, do Bahia, levar para se recuperar de uma ruptura no ligamento cruzado de seu joelho esquerdo, foi lamentada pelo presidente do Internacional, Giovani Luigi. Para o dirigente colorado, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) supervalorizou um lance comum.
‘Temos que considerar que é nítido que o Bolívar jamais entraria com o objetivo de prejudicar qualquer colega de profissão. Ele é um jogador de 31 anos, que tem toda uma história dentro do futebol, e em nenhum momento faria algo com essa intenção. Foi um lance normal onde o Bolívar acabou cometendo um erro’, analisou Luigi em entrevista à Rádio Gaúcha.
O lance que provocou a punição a Bolívar aconteceu em partida pela 35rodada do Campeonato Brasileiro. Em jogada pela esquerda da área, Dodô tentou passar pelo zagueiro e acabou levando um forte pisão. A jogada, que deve deixar Dodô fora dos gramados por seis meses, não foi suficiente para que o árbitro Paulo César Oliveira apitasse um pênalti a favor dos baianos.
Em decisão inédita no futebol brasileiro, o STJD enquadrou Bolívar no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por ‘jogada violenta’, no qual recebeu quatro jogos. Porém, o terceiro parágrafo deste artigo complicou o atleta.
Esta passagem diz que ‘a hipótese de o atingido permanecer impossibilitado de praticar a modalidade em consequência de jogada violenta grave, o infrator poderá continuar suspenso até que o atingido esteja apto a retornar ao treinamento, respeitado o prazo máximo de 180 dias’.
Ainda há a possibilidade de o Internacional recorrer da decisão do tribunal, e o presidente Giovani Luigi prometeu que isso será feito em no máximo dois dias. O intuito colorado é o de conseguir ao menos um efeito suspensivo para que Bolívar participe da partida contra o Grêmio, neste domingo, no Beira-Rio. Caso não possa atuar, o jogador será substituído por Índio.