
Os esquemas de manipulação de resultados ligados diretamente ao crime organizado italiano voltaram a assolar o ‘Calcio ‘nesta temporada e deixaram o técnico Cesare Prandelli preocupado com a forma como a sua seleção será recebida durante a disputa da Eurocopa. O treinador acredita que a saída da Azzurra da competição não seria um problema para a sua comissão técnica e jogadores, já que a medida preservaria a imagem do país durante as investigações das autoridades.
‘Se nos disserem que, pelo bem do futebol nacional, não devemos ir para a Eurocopa, isso não seria um problema’, disparou o preocupado treinador italiano nesta sexta-feira. O comandante já sofreu baixas no grupo de jogadores convocados para o torneio por conta de investigações feitas pela polícia e rechaçou a possibilidade de promover o retorno dos suspeitos ao longo do torneio.
Mesmo com a postura rígida tomada diante das possíveis ligações de atletas da seleção italiana com a máfia das apostas, Prandelli precisou se esquivar das perguntas que questionavam a situação do goleiro Gianluigi Buffon na equipe nacional. Ídolo da Juventus, o arqueiro deverá ser intimado a prestar depoimento para esclarecer uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 3,7 milhões em sua conta bancária. Entretanto, o arqueiro não teve o seu nome ligado aos suspeitos de manipulação de resultados.
‘O Buffon é muito forte, tem uma grande personalidade, mas, apesar disso, também é uma pessoa comum e pode passar um momento difícil como este’, encerrou o comandante, que estará à frente da equipe nesta sexta-feira para medir forças com a Rússia, em amistoso programado para as 15h45 (de Brasília). A partida marcará o retorno da seleção aos gramados antes do início da Eurocopa, já que a partida agendada anteriormente com Luxemburgo foi cancelada após um terremoto atingir a região do confronto.