Revelado nas categorias de base do Guarani, Edu Dracena começou a sua carreira como jogador profissional no Brinco de Ouro da Princesa. Mas, apesar das boas recordações e do carinho que nutre pelo Bugre, o zagueiro do Santos promete empenho total pela sua atual equipe na final contra os campineiros, marcadas para os dois próximos domingos, no Morumbi, ajudando o Peixe a levantar mais uma taça do Campeonato Paulista.
‘Faz muito tempo que saí de lá, mas o carinho existe e continua. Só que hoje estou no Santos e também tenho muito a agradecer a esse clube. O Santos foi me buscar quando eu estava machucado (em 2009, no Fenerbahçe, da Turquia) e me abriu as portas para viver esse momento mágico, com esse time. Nós buscamos sempre o melhor para o clube e espero que o Santos saia vencedor’, afirmou Dracena, dono da braçadeira de capitão dos santistas.
Mesmo com a vontade de ganhar mais um Paulistão e ajudar os alvinegros a conquistarem o tricampeonato estadual, fato que aconteceu com o Santos pela última vez em 1969, ainda na Era Pelé, o zagueiro fez questão de lembrar o passado e o início difícil no futebol, pelo Guarani.
‘Não tenho especificamente uma história que tenha ficado marcada. Só que, quando você sai da sua casa, do conforto da sua família, para tentar a sorte no futebol, isso é algo que marca muito. Morei durante anos debaixo do alojamento do Brinco de Ouro, com pessoas do Brasil todo e que tinham o mesmo sonho que eu: ser jogador de futebol. Lembro de quando desembarquei na Rodoviária de Campinas e do meu primeiro jogo profissional, com 17 anos. São situações que eu recordo com muito carinho e agradeço ao Guarani por isso’, comentou.
Edu Dracena ainda fez questão de elogiar o Bugre, pela campanha no Paulista, e deixou o alerta aos seus companheiros no Peixe, para que todos se mantenham alertas e respeitem o Guarani, com o intuito de evitar uma surpresa na decisão estadual.
‘Temos a possibilidade de ganhar o tricampeonato paulista, algo que faz tempo que não acontece. Só que do outro lado o Guarani superou dificuldades para chegar à final. Alguns atletas lá ficaram com sete meses de salário atrasado e, mesmo assim, tiveram uma trajetória brilhante. É preciso enaltecer o grupo deles, que não chegou à toa e é muito forte. Eles superaram essas adversidades e vão querer superar o Santos também. Por isso, devemos entrar bem concentrados, haja visto que quando a nossa equipe joga assim é muito difícil de ser derrotada’, encerrou.