Com pouco mais de um ano como profissional, Lucas já é o jogador de linha mais visado do São Paulo ao lado de Dagoberto e tem sido improvisado como atacante, posição que sempre negou ser a sua. Dois complicadores que o próprio atleta projeta que serão solucionados a partir de domingo com a estreia de Luis Fabiano, contra o Flamengo, no Morumbi.
O camisa 7 do Tricolor lista os benefícios que terá com o centroavante ao seu lado. Primeiro, diminuirá sua obrigação de entrar na área para finalizar, algo que sempre considerou ser um ponto fraco. O artilheiro da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo ainda tem fama suficiente para fazer com que os rivais esqueçam um pouco de Lucas.
‘Quando ele voltar, vai ser muito positivo até para o meu futebol, porque gosto de vir com a bola carregada e preciso de uma referência na área. Ele é um goleador, um jogador de área, que preocupa a marcação adversária. Vai abrir espaço para os outros jogadores também’, previu o meia-atacante, que está com a Seleção Brasileira que enfrentará a Argentina nesta quarta-feira em Belém (PA).O retorno de um ídolo do clube também pode significar uma volta às origens de Lucas. Mesmo aos 19 anos, o fato de já ser presença constante entre os convocados da Seleção Brasileira, até com clamor para ter mais chances com Mano Menezes, faz com que o garoto sinta que a rápida ascensão tem atrapalhado.
‘Sempre acreditei que um dia que eu iria alcançar tudo que estou alcançado, mas não tão rápido. Em menos de um ano, aconteceu muita coisa: titular na sub-20, titular no São Paulo, Seleção principal. Às vezes é difícil administrar tudo isso. Tem que estar com a cabeça tranquila e preparado, porque isso é só o começo e tem muito pela frente’, comentou.
Diante das dificuldades, Lucas demonstra serenidade e encara a recente queda de produção como natural. ‘Tudo muda. Quando você fica mais conhecido, os adversários começam a se preocupar, a marcar mais. Sou um jogador de velocidade, pego a bola e parto para cima. Tenho que descobrir novas maneiras de fugir, aprender novas posições.’
Por isso, o período em que é sempre escalado como atacante por Adilson Batista é visto com certa vantagem. ‘Estou jogando um pouco mais avançado agora, como atacante no São Paulo. Tenho que usar minhas armas para fugir dessa marcação e continuar desenvolvendo um bom futebol’, argumentou o jogador que também é visto por Mano como alguém mais ofensivo do que um meia-atacante.
Lucas, contudo, admite: não vê a hora de Luis Fabiano ocupar aquele setor para ele voltar correr com mais liberdade do meio-campo para a entrada da área. ‘É uma peça muito importante. Estamos precisando de alguém de área e o Luis Fabiano é um jogador de Seleção. Vai nos ajudar bastante’, comemorou.
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