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Por desobediência, Marcos levou bronca após pênalti de Marcelinho

Por Da Redação
4 jan 2012, 18h27

O ex-goleiro Marcos teve atuações de destaque na Copa Libertadores de 1999, pelo Palmeiras, e também no pentacampeonato da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira. Porém, a defesa que consagrou o ex-atleta como um Santo para a torcida alviverde ocorreu em 2000, no pênalti cobrado pelo então meia corintiano Marcelinho Carioca.

O jogo válido pela semifinal da Libertadores foi decidido nas penalidades, depois da vitória por 3 a 2 do Verdão no tempo normal. Mas o salto para o lado direito não foi uma simples intuição ou uma jogada de sorte do ex-goleiro. As batidas do Pé de Anjo foram incessantemente estudadas pelos palmeirenses, já que o preparador Carlos Pracidelli conseguiu uma fita de vídeo com as cobranças dos corintianos.

Por isso, Marcos, Sérgio e Pracidelli já sabiam qual era o canto preferido dos jogadores adversários. ‘Foi decidido entre nós três que, se a decisão fosse para os pênaltis, o Marcos olharia para nós, que faríamos o sinal. Ele nem precisaria pensar duas vezes, era só ir para o canto que tínhamos preparado na relação. Saímos com esse propósito’, recorda o preparador de goleiros.

A fita, elaborada por uma amiga da comissão técnica, ajudou os palmeirenses a formarem um relatório com os nomes dos principais batedores corintianos. No pensamento de Pracidelli, diante do Morumbi lotado, os jogadores escolheriam o lado que estão mais acostumados para chutar. Porém, Marcos mudou de planos na hora das cobranças.Segundo o palmeirense, dos quatro primeiros jogadores alvinegros, dois não estavam na fita. Mas outros dois estavam, e Marcos foi para o outro lado, errando o que havia sido combinado. Assim que chegou a vez de Marcelinho Carioca, Pracidelli tratou de mandar um recado para o goleiro palmeirense.

‘Chamei o Biro, nosso massagista e, com todo respeito à mãe do Marcos, falei para avisar o filho da puta para pular no canto que estudamos do Marcelinho, senão nós o arrebentaríamos depois. O Biro correu e falou com o Marcão. O Marcelinho foi para a bola, bateu e o Marcos escolheu de imediato o canto da fita, fazendo a defesa’, recorda o integrante da comissão técnica, com bom humor.

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Marcelinho Carioca realmente se lembra de ter visto alguém dando a dica para o rival, mas se confunde ao apontar o preparador físico Paulo Paixão como o responsável pelo conselho.

‘Eu vi o Paulo atrás do gol. E acredito que ele deve ter falado isso (o canto da batida) para ele. Com certeza, ajudou. Ele estudou antes e deu certo, saindo dois, três dias antes também’, comenta o ex-corintiano.

Porém, Paulo Paixão reforça o discurso de Pracidelli e nega ter sido o emissário do recado para Marcos, pois já havia deixado o Verdão. ‘Eu não estava nem mais no Palmeiras naquela Libertadores, eu saí em 99. Depois que disputamos o Mundial Interclubes, eu já voltei para o Grêmio’, explica.

O Palmeiras converteu todas as suas cobranças na disputa (com Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior). Já o Corinthians, depois de ter feito com Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio, perdeu a batida de Marcelinho Carioca. Extasiado, Marcos comemorou mergulhando no gramado do Morumbi, mas não escapou da bronca nos vestiários.

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‘Foi aquela alegria, até que chegamos aos vestiários e o xingamos por não ter ido no canto certo nos outros pênaltis. Mas ele ainda tentou explicar: ‘Sabe o que é, Carlão? Eu acho que eles estavam sabendo que vi a fita e sabiam o canto. Por isso, eu tentei enganá-los’. Foi isso o que aconteceu. Se ele não pega aquele último pênalti, nós o teríamos arrebentado’, explica, entre risos, Pracidelli.

Do outro lado, Marcelinho Carioca também reconheceu os méritos do adversário. ‘Aquele lance do pênalti, apesar da tristeza do corintiano, acontece. Teve a qualidade dele. Peguei um grande goleiro pela frente, tanto é que ele foi o goleiro da Copa do Mundo’, conclui.

(*) Especial para a GE.Net

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