Policiais da segurança olímpica são baleados na Maré
Pelo menos três agentes da Força Nacional ficaram feridos num tiroteio com traficantes após entrarem por engano na favela
O risco de fazer os Jogos Olímpicos sem ocupar um território dominado por traficantes – como havia sido prometido – era evidente. Mesmo assim, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, alegando falta de recursos financeiros, resolveu arriscar. O resultado trágico disso veio na tarde desta quarta-feira. Um carro da Força Nacional, do Ministério da Justiça, que reforça a segurança dos Jogos Olímpicos, foi atacado. Três agentes ficaram feridos, sendo que um deles foi levado em estado gravíssimo ao hospital Salgado Filho, na Zona Norte do Rio.
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O motorista do carro era o soldado Hélio Vieira, da Polícia Militar de Roraima, que foi baleado por traficantes depois que errou o caminho e entrou na favela. Os outros, um capitão e um soldado, também teriam sido atingidos, mas sem gravidade.
Entre abril de 2014 e junho de 2015, as Forças Armadas chegaram a ocupar a região com mais de 3 000 homens. O resultado prático dessa ação – que custou mais de 600 milhões aos cofres da União – foi praticamente nulo. Pior. Um soldado morreu e outros 27 ficaram feridos no período. Depois disso, a PM chegou a criar uma espécie de Companhia Maré, que na verdade só faz uma ocupação fictícia em alguns acessos do complexo de favelas.
(Atualizada às 20h08)