Celso Roth precisou respirar fundo e pensar o que dizer a cada questionamento após a derrota por 3 a 1 para o Figueirense. Se respondesse de bate pronto e falasse o que realmente pensa, o treinador do Grêmio criaria problemas maiores do que os encontrados em campo, no Olímpico.
Mesmo tentando ser ameno, o treinador não conseguiu deixar de mostrar sua indignação com a atuação da equipe. Roth chegou a chamar o time de indolente, pois aceitava o que acontecia em campo.
A insatisfação estava explicita. ‘O Grêmio não jogou. O Grêmio foi abaixo do que vinha apresentando. Até o gol do Figueirense, o Grêmio estava tomando a iniciativa. Depois do gol, o time entrou em parafuso e levou o segundo gol. Muitos erros de fundamentos, muitas precipitações. Poderíamos ter tomado mais uns três ou quatro. Erramos muito. Estamos amargando essa derrota que foi mérito do Figueirense’, analisou o treinador.
O revés não foi bem aceito pela torcida. As vaias começaram a pipocar quando os catarinenses marcaram o segundo gol e se multiplicaram ao término da partida. Entre os jogadores, André Lima e Douglas foram os perseguidos. A maior indignação, entretanto, foi em cima do presidente Paulo Odone.
Sem querer criar atritos desnecessários e ficar martelando em cima da derrota, Roth pensa no fim de semana. ‘Estamos muito chocados com essa derrota. Temos um clássico na Vila (contra o Santos). Temos que nos recompor e fazer o que temos condição, que é um grande jogo’, comentou.
Nos bastidores, o treinador e a direção começam a planejar a próxima temporada. Roth afirma ter interesse em seguir no clube, mas fala de forma velada sobre o assunto. Uma decisão sobre a sua permanência deverá ser tomada somente quando o Campeonato Brasileiro estiver próximo do fim.