‘Se o Palmeiras não ganhar, o pau vai quebrar’. Essa foi a promessa dos quase 500 palmeirenses – a maioria ligada à torcida organizada Mancha Alviverde -, que se reuniram em frente ao portão da Academia de Futebol para protestar contra dirigentes e jogadores na tarde desta quarta-feira, dia da reapresentação do elenco para a temporada 2012.
O goleiro Marcos, único a escapar da fúria dos fanáticos, não teve o nome citado. Já o presidente Arnaldo Tirone foi chamado de ‘fantoche’, enquanto o vice de futebol Roberto Frizzo foi acusado de agenciar atletas. Até o lateral esquerdo Juninho, ex-Figueirense, único reforço anunciado até o momento, recebeu intimação: ‘muito respeito com a camisa do Verdão’, pediram os manifestantes.
O volante Marcos Assunção, que se destacou com gols de falta e assistências em 2011, foi um dos mais cobrados. ‘O Assunção bebe pinga com limão’, entoaram. A paciência com o chileno Valdivia, antes querido, também acabou: ‘ou joga bola ou vai embora do Verdão’. Contra o técnico Luiz Felipe Scolari, a arma foi a ironia: ‘no fim do ano, nós vamos para o Japão’, gritaram os alviverdes, antes de voltarem à seriedade chamando o treinador de ‘imbecil’.
Uma faixa lembrava as glórias do início dos anos 90 e minimizava o Campeonato Paulista de 2008, última grande conquista do clube nos últimos anos. Outras bandeiras falavam em vergonha e questionavam ‘até quando’ vai durar o sofrimento dos palmeirenses.
Os protestantes se encontraram em frente ao Palestra Itália e, escoltados pela Polícia Militar, caminharam até a Academia. Como a manifestação foi divulgada previamente pela internet, os jogadores chegaram cedo e não tiveram contato com os fanáticos. Dessa forma, a manifestação acabou sendo pacífica.