O meia Valdivia recebe o apoio de todos no Palmeiras. Enquanto o técnico Luiz Felipe Scolari promete dar ‘carinho’ ao jogador no retorno ao clube, o gerente de futebol alviverde, César Sampaio, admite a hipótese de a volta do chileno ao Brasil ser adiada.
‘Existe (a chance de adiar o retorno). Eu já passei por isso e sei o que ele deve estar sentindo, ainda mais fora do país de origem. Queremos que ele retorne quando estiver bem. Não é um prazo indeterminado, mas, nesta primeira semana, a coisa ainda está muito viva e você vê sombra em tudo. Temos de respeitar o lado humano e dar o apoio para ele se recuperar’, afirmou o diretor.
Valdivia sofreu um sequestro relâmpago na noite de quinta-feira e, abalado, viajou com a família para o Chile no dia seguinte, com a promessa de regressar ao Brasil na segunda. Sampaio explica que já passou pela mesma situação em 1993 e vem dando suporte ao atleta. Assim como o dirigente, Felipão também manifestou seu apoio ao camisa 10.’Claro que estou preocupado, até tentei conversar com ele e falei com sua esposa. Ele está dormindo com um pouco de dificuldade ainda e nós entendemos perfeitamente o cuidado que está tendo com a família. Dissemos para que volte quando as coisas estiverem solucionadas. Devemos conversar na segunda. Queremos que ele saiba que nós vamos dar todo carinho possível’, comentou o técnico.
Depois do episódio, o chileno foi liberado da partida da noite de sábado, quando o Verdão perdeu para o Atlético-MG por 1 a 0, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador também está fora do duelo contra o Grêmio, na quarta, pela semifinal da Copa do Brasil, mas por outro motivo: suspensão por três amarelos.
Ou seja, o retorno de Valdivia ao time deve acontecer apenas no domingo, contra o Vasco, pelo Brasileirão. César Sampaio espera que o jogador consiga superar o trauma para ajudar a equipe.
‘Conversei com ele e percebi que está bem abalado. Ele agradeceu ao apoio nosso e a esposa também. Nós dissemos para ele ser presente com sua família neste momento’, afirmou o dirigente. ‘O importante é ele recuperar o emocional para vir focado e equilibrado para os compromissos que temos no ano’.
O jogador recebeu também o apoio dos colegas de clube. O atacante argentino Hernán Barcos, que se mudou para a capital paulista neste ano, mostrou-se preocupado com o episódio, mas explica que não pensaria em rescindir seu contrato com o Verdão em caso de um trauma semelhante.
‘Claro que é preocupante, é algo muito feio e que ninguém merece. Preocupa a todos nós, que trabalhamos com isso. Eu trataria de buscar a melhor segurança, mas não deixaria tudo aqui por causa disso. Não daria esse gostinho aos outros’, concluiu.
A cúpula do Palmeiras também está confiante em seguir com Valdivia no elenco, mesmo depois do sequestro.