O Palmeiras espera ter até sexta-feira a decisão do meia Valdivia em relação ao seu futuro. Até lá, o chileno não será obrigado a treinar na Academia de Futebol, mas receberá todo o respaldo do Verdão para controlar o lado emocional, ainda abalado por conta do sequestro relâmpago sofrido na noite de quinta-feira.
‘Nós disponibilizamos um segurança da nossa equipe, que fica com ele nos próximos dias. Ele não fez nenhum pedido além deste. O que tem programada também é a assistência com um psicólogo, para entendermos como devemos agir, porque ele está abalado e chorando muito. Temos de esperá-lo recuperar o emocional até para que tome uma decisão’, explicou o gerente de futebol do clube, César Sampaio.
Valdivia já teve o apoio de um funcionário do Palmeiras na semana passada. Depois de ter sofrido o sequestro relâmpago, na noite de quinta-feira, na companhia de sua esposa, Daniela Aranguiz, o chileno se dirigiu para a Academia de Futebol, onde relatou o episódio e chamou a polícia. Temeroso em relação à sua integridade, o jogador foi acompanhado por um segurança do clube na volta ao seu apartamento.
Já na sexta-feira, Valdivia embarcou com a família para o Chile, onde ficou até a noite desta segunda. Como Daniela Aranguiz se recusa a voltar ao Brasil, o camisa 10 chegou sozinho à capital paulista, mas aguarda para esta terça seu irmão, Claudio, e seu pai, Luis.
O Mago só voltou ao seu carro nesta terça, quando reapareceu na Academia de Futebol para conversar com César Sampaio, além do técnico Luiz Felipe Scolari e o coordenador Galeano.
‘Estamos trabalhando para reverter este momento. Se a família não vier e ele continuar conosco, vamos precisar de outra maneira de funcionamento, para ele ir ao Chile em alguns momentos. Não estamos mexendo só na profissão, mas na parte familiar também. É isso que está em questão hoje’, argumentou o dirigente.
No retorno ao Palmeiras, Valdivia contou detalhes do sequestro relâmpago a César Sampaio e ainda entrou pela primeira vez em seu carro, que ficou estacionado na Academia.
‘Ele foi ao carro e reviveu alguns momentos que teve com o bandido. Não veio para cá com a cabeça disposta à rescisão, mas ainda não temos razões suficientes para fazê-lo permanecer’, completou o dirigente.