Os desafios de Tite para salvar a seleção
Enfim, o melhor técnico do Brasil chega com uma missão difícil: recuperar o bom futebol, levar o time à Copa – e por tabela melhorar a imagem da CBF
Com dois anos de atraso, Adenor Leonardo Bachi, ou simplesmente Tite, vai assumir a seleção brasileira. Para isso, tanto ele quanto o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, tiveram de ceder. O cartola, cada vez mais enrolado com a Justiça, convidou o melhor treinador do país muito mais para se livrar dos holofotes e agradar a torcida do que para melhorar o futebol nacional – se fosse essa sua prioridade, jamais teria contratado Dunga. Tite participou, no ano passado, de uma campanha que pedia a renúncia de Del Nero, mas se une agora à CBF em nome da realização profissional (algo compreensível e respeitável). Sua missão será das mais complicadas, mesmo para o treinador que se consagrou no Corinthians e alcançou o respeito de todas as torcidas. Os problemas estão dentro e fora do campo e há risco de o gaúcho de 55 anos ficar marcado por vexame tão grande ou maior que o do 7 a 1: ver o Brasil fora de uma Copa do Mundo.