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O desafio de torcer quando o revés é certo 

Estreia da seleção feminina de rúgbi revela um torcedor brasileiro disposto a festejar mesmo diante de derrotas acachapantes em modalidades pouco populares 

Por Thiago Prado
Atualizado em 6 ago 2016, 17h14 - Publicado em 6 ago 2016, 16h59

A estreia do rúgbi feminino do Brasil na manhã deste sábado foi uma disputa digna de um duelo entre Davi e Golias. A derrota para a Grã-Bretanha expôs um desnível nítido de competitividade – de um lado o esforçado time brasileiro de uma modalidade ainda pouco praticada no país, do outro uma potência mundial candidatíssima à medalha de ouro. O torcedor na arena montada no Complexo de Deodoro não ligou: fez a tradicional ola, cantou musiquinhas e em alguns momentos apelou para gritos com um misto de bom humor e profundo desconhecimento do esporte. 

A arena esteve longe de ficar lotada (menos de 50% dos assentos foram ocupados). Mas a Rio 2016 considerou normal a baixa procura por ingressos por se tratar do primeiro dia de competições – para as finais do rúgbi masculino e feminino todos os bilhetes já foram vendidos. “É ainda um esporte pouco conhecido no Brasil, por isso as pessoas não se interessam tanto. Estou aqui porque adoro futebol americano, esporte com alguns conceitos muito parecidos com o rúgbi”, afirma o estudante Iago Henrique da Silva, de 20 anos. 

Nas cadeiras, a analogia com o futebol (esporte número um verde-amarelo) era constante. Por ser o rúgbi uma modalidade de intenso contato físico, foi possível ouvir de torcedores durante a partida gritos de “penalti” ou “dá um carrinho”. A piada gaiata lembrando a derrota para a Alemanha na Copa de 2014 também acabou sendo inevitável: “Lá vamos nós perder de sete”, brincou um torcedor. Não foi de sete, mas acabou 29 a 3. Mas, ao contrário das lágrimas do Mineirão há dois anos, a a festa não parou na torcida: Quem aqui está torcendo para o Brasiiiil?”, gritava o locutor, sempre correspondido pelo público. 

Mesmo entre as jogadoras brasileiras, o clima foi de alegria após a partida. “Fizemos um super primeiro tempo, achamos que elas iam cansar na segunda etapa, mas as britânicas são muito fortes”, resignou-se Beatriz Futuro, a Baby, um dos destaques da equipe brasileira. 

Hoje ainda o Brasil enfrenta o Canadá às 17h30. Mais do que vencer a qualquer custo, a Olimpíada pode ser útil na tentativa de propagar o rúgbi – e outros esportes – no país. Hoje pelo menos, a torcida brasileira comprou a ideia. 

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