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Neymar justifica homenagem, marca quatro gols e complica o Atlético-PR

Por Da Redação
29 out 2011, 19h07

Com as suas chuteiras verde-limão, Neymar foi o centro das atenções no Pacaembu, no final da tarde deste sábado. O atacante recebeu uma homenagem da principal torcida organizada do Santos, que mostrou uma bandeira com a imagem do ídolo antes do jogo contra o Atlético-PR. Quando a bola rolou, o justificou a lembrança: marcou os quatro gols da vitória santista por 4 a 1, que complicou ainda mais o adversário no Campeonato Brasileiro.

Neymar deu mostras de que era dia de apresentação de gala logo no primeiro minuto de jogo, quando sofreu um pênalti (contestado pelo Atlético-PR) do ex-santista Cleber Santana. Ele mesmo cobrou e converteu. Só não ampliou ainda no primeiro tempo porque teve dois gols anulados – um deles depois de bastante pressão da equipe visitante, que conseguiu reverter a decisão da arbitragem.

No segundo tempo, a reação do Atlético-PR com gol olímpico (de acordo com o árbitro) de Paulo Baier não foi suficiente. Inspirado, Neymar marcou outra vez de pênalti e duas vezes com a bola em movimento – na última delas, fez fila da defesa adversária para se consagrar. A goleada aumentou as expectativas dos santistas para o Mundial de Clubes, que será disputado em dezembro. ‘Barcelona, pode esperar, a sua hora vai chegar!’, gritaram os torcedores.

No Campeonato Brasileiro, o Santos apenas cumpre tabela e prepara-se para o torneio que será sediado pelo Japão. Subiu para 45 pontos, no meio da tabela de classificação, e terá o Vasco como adversário na próxima rodada, na Vila Belmiro. Já o Atlético-PR, que passou apenas uma rodada fora da zona de rebaixamento durante toda a competição, segue ameaçado com 31. Seu rival seguinte será o Atlético-GO, na Arena da Baixada.

O jogo – Não precisou nem o jogo começar para Neymar chamar a atenção. Antes de o árbitro Francisco Carlos Nascimento apitar pela primeira vez nesta tarde, o atacante recebeu uma homenagem de representantes da principal torcida organizada do Santos, que confeccionaram uma bandeira com a sua imagem. Agradecido, ele correu em direção à arquibancada amarela com suas chuteiras verde-limão e agradeceu ao público.

Neymar ainda abraçou o técnico Antônio Lopes antes de finalmente se posicionar para o início do jogo. ‘O Neymar vai ser marcado normalmente, dentro de cada setor’, minimizou o comandante do Atlético-PR, que precisou de um minuto para perceber que precisava se preocupar um pouco mais. No primeiro ataque do Santos, o atacante caiu na área em dividida com o ex-santista Cleber Santana. O árbitro assinalou pênalti.

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Após muita reclamação dos jogadores do Atlético-PR, Neymar deslocou o goleiro na cobrança de penalidade, acertando a trave e a rede. Festa no Pacaembu. ‘Vai para cima deles, Neymar!’, vibraram os torcedores do Santos, em coro. Em situação delicada na tabela de classificação, o Atlético-PR demorou a assimilar o golpe. As poucas jogadas de ataque dos visitantes saíam de bola parada, sempre com o veterano Paulo Baier.

Do outro lado, o Santos jogava com a calma de um time que não tem mais aspirações no Campeonato Brasileiro. Satisfeito com o assédio da torcida, Neymar aplaudia quem estava nas arquibancadas até quando se encaminhava para bater escanteio. O astro voltou a acertar o gol aos 24 minutos, de cabeça, porém o árbitro assinalou impedimento de Renteria na jogada.

Acuado, o Atlético-PR se soltou com a entrada do meia Marcinho no lugar de Wendel, aos 28. O time de Antônio Lopes até se soltou, com Nieto desperdiçando uma boa oportunidade de gol na pequena área, mas também se expôs aos contra-ataques. Em um deles, aos 42, Neymar ficou livre de marcação diante do goleiro Renan Rocha e empurrou a bola para dentro. A torcida já festejava aquele que seria o gol do Santos.

Enquanto os santistas vibravam e preparavam-se para o reinício da partida, contudo, os jogadores do Atlético-PR correram para a lateral do campo para pressionar o assistente. Queriam que o gol fosse anulado, por impedimento passivo de Alan Kardec. Conseguiram. O árbitro retrocedeu em sua decisão, e a revolta mudou de lado. Com o placar novamente em 1 a 0, Neymar chegou a chutar a bola para a lateral e comemorar, em sinal de protesto.

Sem agradar a ninguém, o árbitro Francisco Carlos Nascimento precisou de escolta de policiais militares para se dirigir ao vestiário no intervalo. A tendência era de que o segundo tempo fosse ainda mais complicado para ele. As duas equipes voltaram ao campo com bastante irritação e disposição. Precisando desesperadamente de um resultado melhor, o Atlético-PR tomou a iniciativa de atacar nos primeiros minutos.

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As bolas paradas de Paulo Baier, então, finalmente surtiram efeito. Aos sete minutos, ele cobrou escanteio fechado, a bola desviou em Guerrón e morreu dentro da rede – o árbitro assinalou gol olímpico. Mas o Santos não desanimou com a igualdade no placar. Até o sempre tímido Tata (substituto interino de Muricy Ramalho) se manifestava para incentivar o seu time a atacar.

Rapidamente, o Santos retomou o controle do jogo. O Atlético-PR parecia ainda comemorar o seu gol quando Cleber Santana cometeu pênalti em Edu Dracena. Neymar cobrou outra vez com categoria e recolocou a sua equipe em vantagem no marcador. No minuto seguinte, ele mesmo ampliou: recebeu lançamento no lado esquerdo da área e tocou na saída de Renan Rocha.

Com o domínio santista, a torcida alvinegra aproveitou para festejar. Gritou ‘olé’, ‘tricampeão’ e até avisou que a hora do Barcelona chegaria. O Atlético-PR, ironicamente, era aplaudido a cada falha no jogo. Neymar, no entanto, ainda estava empenhado em aumentar ainda mais a alegria santista e a agonia do adversário. Aos 25 minutos, um golaço: ele fez fila na marcação visitante até chutar forte, quase sem chances de defesa para Renan Rocha.

O jogo estava decidido. O Atlético-PR perdeu ânimo até para reclamar da arbitragem e passou a trocar passes no campo de defesa, ‘administrando’ o resultado negativo. A torcida do Santos provocava, com berros de ‘Segunda Divisão’. Ainda houve tempo, entretanto, para uma última homenagem a Neymar. Edu Dracena foi substituído por Bruno Aguiar e cedeu a faixa de capitão ao craque da partida.

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