O Brasil conseguiu mais um grande resultado no judô nesta quarta-feira. Rafaela Silva entrou no tatame na final do Super Campeonato Mundial da modalidade, e enfrentou a japonesa Aiko Saito na grande decisão da categoria até 57kg. A brasileira perdeu a luta no final por ippon, ficando com a medalha de prata na ida à decisão que, por si só, já era histórica para o país.
Foi apenas a segunda vez que o Brasil conseguiu uma classificação à final de um Mundial no naipe feminino. Em franca ascensão na atualidade, o esporte brasileiro alcança um momento de glória após ter conquistado as medalhas de bronze com Danielle Zangrando em 1995, com Edinanci Silva em 1997 e 2003, e com Sarah Menezes em 2010, além da prata de Mayra Aguiar também no ano passado – primeira final da história do naipe feminino, em Tóquio.
E a campanha de Rafaela Silva na competição foi impecável até a final. Ela venceu a italiana Giulia Quintovalle, atual campeã olímpica, por wazari logo na primeira rodada. Depois, passou ainda pela espanhola Concepción Bellorín com um ippon, seu primeiro do fundamento no Super Mundial de Judô.
Nas oitavas de final, a atleta da categoria leve (até 57kg) passou pela grega Ioulietta Boukouvala, que foi bronze no Mundial do ano passado, com um novo ippon. Em seguida, enfrentou e venceu a alemã Myriam Roper nas quartas de final outra vez com um golpe perfeito, e depois conseguiu um novo ippon na semifinal contra a norte-americana Marti Malloy.
Na decisão, Rafaela enfrentou a japonesa Aiko Saito, que passou na semifinal pela atual campeã mundial Kaori Matsumoto – que ficou com o bronze.
No começo da luta, Rafaela não teve cuidados e atacou bastante a judoca japonesa, que travou bastante a luta e foi para o chão algumas vezes. Após a metade da luta, Rafaela se cansou e permitiu a reação de Saito, que conseguiu um ippon a pouco mais de um minuto para o final do combate.
Com uma grande delegação no Super Mundial, o Brasil é o terceiro no quadro de medalhas, com duas medalhas de prata e uma de bronze. O primeiro colocado é o Japão, seguido do Uzbequistão.