Após conquistar o seu terceiro título no comando do Santos, o técnico Muricy Ramalho estampava um semblante tranquilo depois de ver o seu time bater o Guarani, por 4 a 2, neste domingo, no Morumbi. Feliz por ser campeão estadual pela terceira vez em sua carreira, o treinador revelou que precisou colocar o seu toque pessoal na equipe, dando uma bronca nos jogadores durante o intervalo, para que o Peixe não sofresse diante do Bugre.
‘Temos uma relação de amigos, de ‘pai’, mas têm horas em que nós precisamos colocar a mão no time para fazer com que eles sintam. A comissão técnica tem uma pequena parte nas conquistas, só que há momentos em que você precisa dar uma ‘pegada’ no pessoal. No intervalo, eles entenderam isso, compraram a ideia e ganhamos o jogo. Quando a gente iguala na parte física e na vontade, temos condições de ganhar mesmo’, disse Mur
Indagado sobre a sua emoção após a conquista do Paulistão deste ano, o comandante alvinegro contou que a satisfação pessoal é menor do que a ideia de ter cumprido a sua tarefa da melhor maneira possível.
‘É um alívio quando você é campeão. Eu sempre falo isso. Você não tem tanta felicidade quando ganha uma competição, você fica mais aliviado mesmo. Você pensa quantas pessoas estão no Morumbi, quantas assistiram ao jogo em casa e esperando ter uma alegria, por conta de uma vitória nossa. Por isso, a gente tem que ganhar. Não podíamos decepcionar tanta gente’, comentou.
Com esse sentimento de ‘alívio’, Muricy Ramalho garantiu estar pensando no próximo desafio do Santos, contra o Vélez Sarsfield, na quinta-feira, no Estádio José Amalfitani. ‘Vou ficar em casa hoje (domingo), descansando e já pensando no Vélez’, encerrou o técnico, de olho no duelo contra os argentinos, em Buenos Aires, na partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores da América.