A Confederação Brasileira de Motociclismo está negociando com a Federação Internacional para trazer de volta ao Brasil uma etapa do mundial de MotoGP, categoria de ponta do esprote, que conta com pilotos campeões como o italiano Valentino Rossi e o espanhol Dani Pedrosa. O último GP internacional foi em 2004, no Rio, e teve como vencedor o japonês Makoto Tamada (Honda) com o brasileiro Alex Barros (Honda) em quinto, e enquanto a categoria não volta, o motociclismo no Brasil se mantém firme, com dois grandes campeonatos, MotoGP e SuperBike, este último disputado com motos de 600 e 1.000 cilindradas produzidas em série. Com cerca de 1.200 pilotos federados pelo país, entre as categorias de pista e off road, o SuperBike Series Brasil é um dos que garante púbico nas corridas, criado a partir de projeto do piloto paulista Bruno Corano junto com a Federação Paulista de Motociclismo.
Corano pilota desde os oito anos e já participou de vários campeonatos internacionais e pesnou no projeto da SuperBike porque “o brasileiro é apaixonado por esportes a motor” e com as vendas de motos aumentando à revelia da economia as categorias de motovelocidade ganham enorme potencial de crescimento. Por isso, no último domingo, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, recebeu cerca de 20.000 torcedores para assistir a vitória de Diego Faustino, na principal categoria, de 1.000 cilindradas, seguido no pódio por Corano e José Luiz Camargo. A próxima etapa do SuperBike Series Brasil será dia 22 de julho, no Rio de Janeiro.
“Decidi investir depois de saber que o campeonato que tínhamos no Brasil estava abandonado e sem recursos, tendendo a não mais existir. Vamos crescer mais, e vamos fazer este torneio se tornar o maior evento de esporte a motor no país”, diz Corano.
O piloto divide as funções de organizador e em cima da moto e garante ter vida longa dentro das pistas. “A organização é amparada por uma comissão de pilotos e chefes de equipes que auxiliam nas decisões esportivas. Assim, posso me concentrar para a corrida. Gosto muito de competir, acredito que tenho ainda pelo menos mais uns 10 anos de competição.”
Mas o caminho para chegar a piloto profissional não é tão fácil e Corano conta quais são os primeiros passos. “Para começar é preciso fazer um bom curso, porque dá noção das técnicas de pilotagem fundamentais, como direcionamento da moto, controle de aceleração entre outras. Depois, é preciso treinar muito em pistas diversas. E só então fazer um treino com outros pilotos mais experientes e sentir o ritmo de competição.”