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Morreu Socrátes, aos 57 anos, vítima de uma infecção intestinal

Por Por Anella Reta
4 dez 2011, 18h54

O ex-ídolo do futebol brasileiro Sócrates, de 57 anos, morreu na madrugada deste domingo, devido a uma infecção intestinal, informou em um comunicado o hospital Albert Einstein de São Paulo, onde ele estava internado.

Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira, ex-capitão da seleção brasileira, morreu “às 04H30, em consequência de um choque séptico”, provocado por uma infecção intestinal, informou a instituição médica em um breve comunicado.

No sábado, o hospital havia informado que, depois de sofrer uma intoxicação alimentar, o estado de saúde do ex-ídolo do Corinthians era grave, por isso estava conectado a um respirador e era submetido a diálise.

A notícia comoveu a todos, inclusive no campo político. A presidenta Dilma Roussef declarou em nota oficial que, “nos campos, com seu talento e seus toques sofisticados, ele foi um gênio do futebol. Fora dos campos, nunca se omitiu. Foi um brasileiro atuante politicamente, preocupado com o seu povo e o seu país”.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ilustre torcedor do Corinthians, clube em que Sócrates mais se destacou, também prestou uma homenagem ao ídolo, ao descrevê-lo como “um exemplo de cidadania, inteligência e consciência política, além do seu imenso talento como jogador de futebol”.

Sócrates atuou ao lado de nomes como Zico e Falcão e, inclusive, foi capitão da Seleção brasileira nas Copas do Mundo da Espanha-1982 e México-1986.

No Corinthians, onde foi um dos maiores ídolos da apaixonada torcida alvinegra, fundou a chamada ‘Democracia Corinthiana’, um movimento que surgiu na década de 1980, em plena ditadura militar, na qual todas as decisões do clube, como contratações, treinamentos e concentrações, eram tomadas através da votação de todos os seu integrantes.

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Neste domingo, o ‘Timão’, que tornou-se pentacampeão brasileiro após empatar sem gols com o Palmeiras na última rodada do campeonato, estava em luto, apesar da alegria pelo título.

Antes do início da partida, os jogadores corintianos se juntaram para respeitar um minuto de silêncio, erguendo o braço direito com o punho fechado, da mesma forma como o ídolo comemorava seus gols.

O Corinthians divulgou uma nota de pesar em homanegem ao craque, que, segundo a direção do clube, proporcionou lindos gols e um futebol magistral. “O clube e a torcida Fiel se despedem com tristeza do Magrão, mas também estamos gratos pela honra de termos visto um dos maiores jogadores da história do futebol vestindo a camisa alvinegra”.

“Obrigado pelos lindos gols, pelos toques geniais, pelo futebol magistral que apenas Sócrates tinha”, enfatiza o comunicado do Corinthians.

O ex-jogador Ronaldo, uma das principais figuras do ‘Timão’, seu último clube como jogador profissional, também recordou o ídolo, em uma breve mensagem em seu twitter oficial: “O dia começou triste. Descanse em paz, dr. Sócrates”.

A pedido da CBF, um minuto de silêncio foi respeitado não só no Pacaembu, antes do jogo do Corinthians, mas antes de todos os jogos da rodada, em homenagem a um dos jogadores mais brilhantes da história da seleção brasileira”, como o descreveu a entidade.

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Zico, seu companheiro de equipe com a seleção na Copas de 1982 e 1986, afirmou ser “difícil descrever tamanha classe, categoria e inteligência, que foi além dos campos. Além da sua profissão de médico, ele sempre mostrou compromisso político nas causas em que acreditava. Ele era leal, obstinado, íntegro e sincero”.

Sócrates já havia sido hospitalizado, em agosto e setembro, e, inclusive, foi colocado em terapia intensiva depois de apresentar um delicado quadro de homorragia digestiva.

Médico de profissão e conhecido pelo apelido de “Doutor”, admitiu, então, publicamente ter enfrentado problemas com o álcool, especialmente durante sua época de jogador, e apresentar uma cirrose hepática.

“Quem bebe diariamente é alcoólatra”, afirmou Sócrates em uma entrevista à TV Globo, quando admitiu sua dependência.

Em uma recente entrevista ao canal SporTV, Sócrates afirmou que via o álcool como “um companheiro”, e que a bebida não chegou a prejudicar seu rendimento dentro de campo.

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