Pouco depois de divulgar o fracasso de público e renda que foram as cinco partidas disputadas na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, a diretoria do Guarani anunciou o depósito das quantias referentes aos meses de julho e agosto, que estavam atrasadas até a tarde desta segunda-feira.
A equipe campineira captou quase R$ 1 milhão na sexta-feira, mas não havia mais tempo para que os valores fossem depositados nas contas dos jogadores, que já entrarão em campo nesta terça-feira com a segurança do dinheiro na mão.
Os valores dos planos emergenciais adotados na última semana, bem como a bilheteria das cinco partidas mandadas em Araraquara que, ao todo, acarretaram em um prejuízo de R$ 150 mil referentes ao aluguel do estádio, hospedagem, transporte e multa imposta pelo STJD, não suportam o valor destinado para os pagamentos.
De volta ao Brinco de Ouro para duelar contra o Bragantino nesta terça-feira, a cúpula bugrina não confirma oficialmente o modo de obtenção desse montante, mas informações de bastidores dão conta de que há duas possibilidades: adiantamentos da FPF em relação às cotas de TV do Paulistão de 2012 ou de uma suposta venda do Brinco de Ouro para um grupo de empresários.
De acordo com o presidente do Guarani, Leonel Martins de Oliveira, a venda do estádio do clube é o único modo de se livras das dívidas que comprometem a folha de pagamento e a segurança do time nas competições disputadas nos últimos anos.
O Guarani fala abertamente desde março da necessidade de concluir esse negócio que amenizaria as dívidas do clube, que giram em torno de R$ 130 milhões. O valor pago pelos empresários para a compra do Brinco de Ouro seria destinado à construção de um novo estádio às margens da Rodovia D. Pedro II e quitação das dívidas, enquanto o antigo estádio se transformaria em um Shopping Center, motivo de protesto de parte da torcida bugrina.