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Maurren, uma campeã olímpica ‘frustrada’

Ginasta quando criança, saltadora cresceu demais e teve de optar pelo atletismo, onde foi ouro em Pequim. Mas seu sonho dourado era na ginástica 

Por Leslie Leitão
Atualizado em 7 ago 2016, 18h01 - Publicado em 7 ago 2016, 17h38

Entre as eliminatórias da manhã e da tarde, um ícone do esporte brasileiro devorava sozinha um cachorro quente requentado no corredor da Arena da Barra. Esperava, tensa, a estreia das ginastas brasileiras na Olimpíada. Já na infância, a obstinada Maurren Maggi alimentava o sonho de ser uma campeã olímpica. Mas desde aquele tempo, a imaginação passava pelos exercícios de solo, barras, argolas e salto. Não deu. Foi aterrissando numa caixa de areia de Pequim, em 2008, que essa paulista chegou ao topo do pódio. Com uma pontinha de frustração, ela admite:

“Olha…”, diz, antes de suspirar e responder com um sorriso estampado: “Queria ser campeã olímpica. Mas acho que eu preferia ser uma campeã olímpica na ginástica, sim”.

Maior nome feminino da história do atletismo nacional, Maurren nasceu em São Carlos, no interior paulista, onde começou na ginástica com seis anos de idade. “Eu era boa, treinava muito, era competitiva, mas até que um dia fiquei grande demais. Um metro e 73 centímetros de altura para uma ginasta, não dá, né?!”, lembra, consternada. Maurren já tinha 14 anos e treinava atletismo. “Não tinha muita opção. Sempre digo que não fui eu que escolhi o atletismo. O atletismo que me escolheu”.

Aposentada das pistas (“Não evoluía mais, então não tinha mais motivação para competir”, explica a campeã do salto em distância), Maurren vai mudar de vida. Após 25 anos longe de casa, voltará a morar em São Carlos, mais perto da família, e terá mais tempo para se dedicar à filha Sophia, a pequena daquela emocionante imagem após a medalha de ouro, que falava com a mãe-campeã pelo microfone de uma emissora de tevê. Naquela sua terceira Olimpíada, aliás, a ginástica capaz de tirar um pouquinho da sua concentração, lembra: “Foi o único momento em que eu saí da Vila Olímpica. Assisti o Diego (Hypolito) e voltei. Não aguento…”

Maurren, como todo mundo no ginásio, ficou encantada pela graciosidade de Flavinha. Por enquanto, ela tenta aproveitar um pouco da Olimpíada, a primeira sem ser atleta. Semana que vem ela vai comentar o atletismo pela Rede Globo. A pergunta que todo mundo lhe faz é: E agora, a Fabiana (Murer) vai ganhar? A campeã suspira com ar de quem entende muito dessa pressão: “Ai, tomara…”

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