Apesar de ter sido o personagem mais emblemático de um milagre de São Marcos, Marcelinho Carioca tem um bom relacionamento com seu ‘algoz’, tanto é que o sacaneia sobre o pênalti da Copa Libertadores de 2000. Além disso, o corintiano, que adiou o quanto pôde a hora de pendurar as chuteiras, dá conselhos e abre portas ao recém-aposentado, tanto do seu partido quanto do América-SP, clube do qual é gestor.
‘Ele tem uma história linda no rival e representa muita coisa para o País porque é o goleiro pentacampeão do mundo. Na minha opinião, ele daria um bom técnico, pois todo bom jogador adquire um grande conhecimento. Ele pode também ser dirigente, supervisor, o que quiser. Mas, independentemente do que ele optar, vai ser feliz e vai se dar bem’, projeta.
Marcelinho demorou a se aposentar definitivamente. Na verdade, até hoje, como gestor do América-SP (de São José do Rio Preto), dá indícios de que pode participar de algumas partidas. E esse ‘para não para’ teve início em 2007, quando o ex-meia virou comentarista esportivo de televisão. Desde então, ele – que é empresário do ramo de hotelaria há muito tempo – colecionou idas e vindas no futebol e ainda encontrou ânimo para enveredar pela política, ao pleitear uma cadeira no Congresso como deputado federal em 2010.
Mesmo tendo sido ‘vítima’ de Marcos, Marcelinho garante ter uma relação de amizade com o palmeirense. Ele inclusive brinca a respeito do traumático pênalti de 2000. ‘Somos amigos. O Marcão é um cara sensacional, fantástico. Eu até brinco com ele. No pênalti, ele foi malandro porque saiu três dias antes e foi no canto certo porque o Paulo Paixão o avisou atrás do gol. Quando o vejo, eu sacaneio que ele tem que me dar o bicho da Copa do Mundo. Eu que o consagrei, pô’, gargalha o ídolo da Fiel.