O jogador Marcelinho Paraíba decidiu dar a sua versão dos fatos e garantiu não ter estuprado e sequer tentado estuprar a mulher de 31 anos que deu queixa contra ele em uma delegacia de Campina Grande-PB, cidade onde o jogador promovia uma festa para comemorar a chegada das férias.
Em entrevista coletiva convocada nesta quinta-feira e realizada na sala da vice-presidência do Sport, em Recife, com 50 minutos de atraso, o meio-campista acusou o irmão da suposta vítima de ter ido para a festa sem convite e lhe dado voz de prisão após um tiro para cima.
‘As acusações não são verdadeiras, e por isso eu sou inocente. É tudo uma armação e o delegado Rodrigo do Rego Pinheiro (irmão da mulher) foi ao sítio sem ser convidado. Mais ou menos umas 4 horas ele saiu, disparou um tiro para cima e me deu voz de prisão. Eu mesmo só fiquei sabendo da acusação quando cheguei à delegacia’, afirmou Marcelinho Paraíba, visivelmente chateado com a situação.
O jogador do Sport ainda agradeceu ao clube por não tê-lo desamparado em nenhum momento. Logo depois dos depoimentos da mulher, de seu irmão e de algumas testemunhas, o time pernambucano mandou três representantes para acompanhar o advogado de Marcelinho, Afonso Vilar, que conseguiu o alvará de soltura depois de 3h30 de prisão na Penitenciária Padrão do Serrotão, em Campina Grande.
‘Não existe nenhum processo contra o Marcelo e o conjunto de provas foi muito fraco. Ele está sendo vítima de um corporativismo de policiais’, comentou Vilar, desdenhando também do delegado Fernando Antônio Zoccola, que acompanhou o caso e transferiu o jogador da delegacia em que ele estava para o presídio.
Afastado do cargo, Rodrigo do Rego Pinheiro, o irmão da vítima, prometeu entrar com um processo para acusar Marcelinho Paraíba de estupro, um crime inafiançável que pode deixar o jogador preso em regime fechado por um prazo de seis a dez anos. O advogado do jogador, porém, afasta a possibilidade, e diz que se movimentará juridicamente para combater os acusadores.