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Mano Menezes pede paciência para 2014

Técnico afirma que, sem disputar eliminatórias, time terá mais tranquilidade. E, aos torcedores, pede calma: "No Brasil, é oito ou oito mil"

Por Flávia Ribeiro, do Rio de Janeiro
6 dez 2011, 15h48

Para os ansiosos, os apressados, os aflitos e todos aqueles que gostariam de ver mais definições sobre a Seleção Brasileira de Futebol, Mano Menezes tem o remédio: paciência. Não que o treinador brasileiro esteja de braços cruzados, ou não dê importância aos questionamentos do torcedor. Mas Mano, diante do cronograma já desenhado para a seleção canarinho nos próximos meses, acredita que a tranqüilidade será um trunfo para o Brasil.

“A Argentina está preocupada porque vai ter que disputar as eliminatórias. Já muita gente no Brasil está preocupada porque nós somos o país-sede e não vamos ter que disputar as eliminatórias. Sim, vamos perder em competitividade. Mas vamos ganhar em calma para conduzir a seleção”, declarou o treinador, durante o painel que discutiu, no primeiro dia do Footecon, no Rio, diferenças entre o modelo brasileiro e o modelo do Barcelona de formação de jogadores.

Mano afirmou que já tem uma ideia clara de que equipe levar para as Olimpíadas de Londres, e que só depois dos jogos haverá uma definição maior sobre a equipe principal. “Entre março e maio, não teremos datas da Fifa, então vamos fazer três reuniões sobre a possibilidade de marcar partidas com jogadores de idade olímpica que atuem no Brasil. Em junho, teremos quatro datas da Fifa, que vamos dedicar somente à seleção olímpica, pela proximidade dos Jogos. Esse não é ainda o momento de a seleção principal estar resolvida. E não acho que ela tenha carências. Faltam definições”, disse.

O treinador também analisou o ano da seleção. Para ele, o aproveitamento na casa dos 68% não é um sinal de alerta. “Se pensarmos que houve mudanças profundas na equipe, que estamos jogando sem nenhum titular da Copa de 2010, temos que ver que você paga um preço. A opção foi minha. Vencer é muito importante. Mas se você quiser permanecer muito tempo como vencedor, precisa de tempo para implantar uma filosofia de trabalho”, justificou.

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Sobre as diferenças entre o trabalho de base no Barcelona, considerado um exemplo, e no Brasil, Mano lembra que falta ela, a paciência, aos dirigentes, atletas e familiares de atletas brasileiros. “No Brasil, é oito ou oito mil, o 80 ficou para trás faz tempo. O jogador ou é craque ou não serve. Quando se trata de formação, tem que haver calma. Nós não temos. Já tivemos casos isoladores muito próximos à qualidade de formação do Barcelona. Mas nossa realidade como regra é distante”, avaliou, lembrando que o assédio aos meninos aumenta a cada ano: “Nós fomos campeões sub-15 recentemente, mas alguns clubes não quiseram liberar seus jogadores para essa seleção, para esse torneio. Pela nossa legislação, os garotos só podem assinar contrato aos 16 anos, então muitos agentes procuram esses meninos e suas famílias”, lembrou.

Mano disse também que ainda não conversou nem com Ronaldo nem com Andrés Sanchez sobre seus novos cargos no Comitê Organizador da Copa e na CBF, respectivamente. “Estive com o Andrés ontem na festa do Brasileirão, mas não era hora nem lugar de falar sobre isso. Quando ele assumir, certamente conversaremos e não teremos dificuldade de entendimento”, disse.

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