O presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro utilizou palavras fortes para definir a situação em que encontrou o Santos no início do ano passado após ganhar o processo eleitoral. Durante apresentação realizada nesta terça-feira em um seminário de gestão de negócios, na capital paulista, ele bateu forte em seu antecessor, Marcelo Teixeira, ao comentar as contas do clube.
‘Em 2009, o Santos era desvalorizado, tinha R$ 72 milhões de dívidas a curto prazo, uma estrutura defasada, estatuto antidemocrático, ideologia provinciana. O Santos era uma barraca de praia, não era respeitado’, afirmou o mandatário.
Na questão de marketing, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro ressaltou que a marca Santos estava sem o devido reconhecimento no mercado. ‘Nossa cota de patrocínio era ridícula, os licenciamentos subvalorizados, a comunicação era tímida. O clube era um mero outdoor’, definiu.
Em dois anos, o mandatário considera que fez uma revolução na Vila Belmiro, inclusive com a recuperação do departamento de futebol profissional, atualmente liderado por jogadores como Paulo Henrique Ganso e Neymar. Ele diz com orgulho que ganhou quatro títulos com o elenco profissional, além de três com o time feminino e outros dez nas categorias de base.
‘O Santos foi o time que mais cresceu em receita e visibilidade na televisão e diminuiu o seu déficit. Recuperamos a credibilidade do clube no mercado, dobramos o quadro de associados. Os patrocínios de camisa saltaram de R$ 7 milhões para R$ 30 milhões’, afirmou.
O gerente de marketing do Santos, Armenio Neto, seguiu a linha da presidência em sua apresentação e também destacou que o clube da Baixada estava indo para um caminho perigoso ao não seguir a evolução dos adversários. ‘Naquele ritmo, o Santos estava se apequenando, iria ser o time dos anos 40. Então, procuramos adotar ousadia com responsabilidade’, comentou.
Resposta: Na Baixada Santista, Marcelo Teixeira segue com a postura de que Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro só conseguiu resultados positivos no Santos em função da herança da sua administração. O ex-presidente defende a reeleição do rival para ver o que será deixado no clube após quatro anos de seus opositores.