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Londres-2012 prepara forte esquema antidoping

Por Kazuhiro Nogi
10 jul 2012, 19h15

Ao menos 5.000 controles antidoping estão previstos durante os Jogos Olímpicos de Londres-2012 – durante, antes e depois das competições – o dobro do total realizado em Sydney-2000.

– ANTES DOS JOGOS: O objetivo é fazer com que os atletas dopados nem pisem no solo britânico. Durantes os meses que antecedem o evento, o período mais propício para o uso de substâncias proibidas, as federações internacionais de cada esporte e as agências nacionais antidoping têm a responsabilidade de multiplicar os controles nos atletas selecionados para disputar a Olimpíada. A Agência Mundial Antidoping supervisiona o trabalho efetuado localmente para ter certeza de que todos os participantes foram submetidos a exames, inclusive em países com menos tradição no esporte ou em modalidades de pouco apelo na mídia.

– A PARTIR DA ABERTURA DA VILA OLÍMPICA: O código Mundial Antidoping estabelece uma diferença entre o “período de competição” e o “período fora de competição”, sendo que algumas substâncias como a cannabis e outros estimulantes estão proibidos apenas durante a competição. Na Olimpíada de Londres-2012, o período de competição começa oficialmente no dia 16 de julho. A partir deste momento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) assume a responsabilidade do esquema antidoping. Para facilitar a realização de exames surpresa, os atletas precisam preencher formulários para fornecer informações sobre sua localização. Qualquer atleta que faltar a um exame se expõe a sanções. Situado em Harlow, a trinta quilômetros ao norte do Parque Olímpico, o laboratório antidoping dos Jogos de Londres funcionará 24 horas por dia, sendo que 400 amostras serão analisadas diariamente.

– DURANTE A COMPETIÇÃO: Os cinco primeiros colocados de cada prova serão submetidos de forma sistemática a exames antidoping. Os demais atletas podem ser controlados por sorteio ou em função de outras informações.

– EM CASO DE CONTROLE POSITIVO: Para cada exame de sangue e de urina são recolhidas duas amostras, a A e a B. Se a análise da amostra A der positivo para o uso de uma substância proibida, a B será analisada apenas caso o atleta flagrado peça que seja feito para sua defesa. Os casos positivos passam imediatamente às mãos da comissão médica do COI. O presidente da entidade, Jacques Rogge, é notificado, assim como o atleta, que em seguida é encaminhado para a Comissão de Disciplina.

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– SANÇÔES: Qualquer violação das regras antidoping leva automaticamente à desclassificação do atleta e à perda da sua medalha caso tenha subido ao pódio. A Comissão de Disciplina também pode proibir o atleta dopado de participar de outras competições olímpicas ou excluí-lo dos Jogos. Para os esportes coletivos, a equipe completa pode ser desclassificada se mais de um membro for flagrado.

A decisão se torna efetiva 24 horas após o atleta ter sido notificado. Depois dos jogos, a federação internacional do esporte no qual este atleta atua pode dar suas próprias sanções e suspendê-lo de qualquer outra competição. A suspensão costuma ser de dois anos, mas pode ser reduzida, ampliada ou até mesmo vitalícia caso o atleta seja reincidente.

– POSSIBILIDADE DE RECURSO: Um atleta sancionado durante os Jogos Olímpicos pode recorrer apenas ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Para evitar prazos muito longos para as decisões, o TAS terá uma delegação em Londres durante toda a duração das competições, como aconteceu em todas as Olimpíadas desde Atlanta-1996. Graças a um procedimento simplificado, a decisão final pode ser tomada dentro de um prazo de 24 horas depois da audiência.

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