Se é improvável um lateral fazer gols, aumenta a raridade caso eles ocorram em cabeceios. No caso de Juan, a estatística vira anormalidade. O camisa 6 tem somente 1,68m, mas marcou dois de seus três gols pelo clube usando o jogo aéreo, para sua própria surpresa.
‘É uma coisa anormal eu fazer gols de cabeça, né?’, sorriu o jogador, que testou para as redes pela última vez no empate por 3 a 3 com o Cruzeiro, na última quarta-feira, em Sete Lagoas (MG), aproveitando cruzamento preciso de Dagoberto.
Antes, a cabeça de Juan já havia sido útil para balançar as redes na goleada por 4 a 0 sobre o Ceará, no Morumbi, completando passe aéreo de Carlinhos Paraíba. Nos dois casos, o lateral esquerdo estava dentro da grande área como um centroavante.
‘Estou tendo liberdade para chegar ao ataque. Está acontecendo e graças a Deus estou ajudando o São Paulo’, celebrou o jogador, que só marcou usando seus pés na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba, após lançamento de Rhodolfo.
Ter o camisa 6 marcando gol, até agora, tem sido uma certeza de invencibilidade do Tricolor. O que não tem adiantado no Campeonato Brasileiro. Com 47 pontos, o clube ocupa o terceiro lugar e pode até cair para quinto na sequência da 28rodada neste fim de semana ou ficar a seis pontos do líder Vasco.
‘Queríamos a vitória [contra o Cruzeiro], pois a nossa intenção é conquistar o título. Pela circunstância do jogo poderíamos ter vencido. Agora temos que trabalhar e pensar no próximo jogo. Precisamos conseguir a vitória’, falou Juan, de olho no confronto de quarta-feira contra o Inter, na Arena Barueri.