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Itália: zagueiro e goleiro devem ser ouvidos sobre escândalo

Assim como na Copa de 2006, os jogadores da seleção vão prestar depoimento

Por Da Redação
31 Maio 2012, 13h45

“Se duas equipes quiserem jogar pelo empate, é problema delas. Às vezes é melhor dois feridos do que um morto”, afirmou Buffon

No último grande escândalo de corrupção no futebol italiano, na década passada, a seleção do país estava concentrada para uma competição importantíssima e teve de lidar com a ausência temporária de alguns de seus integrantes, que precisaram prestar depoimento sobre o caso. Na ocasião, na Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha, a Itália superou todas as adversidades e foi campeã. A história pode se repetir na Eurocopa deste ano, que será disputada na Polônia e na Ucrânia.

Um jogador envolvido no escândalo de combinação de resultados e fraudes em apostas já foi cortado – Criscito, do Zenit, perdeu o lugar na delegação para poder se defender das suspeitas. Mas dois atletas que seguem no grupo – o zagueiro Bonucci e o goleiro Buffon – podem ser chamados a falar à polícia, revelou a imprensa italiana nesta quinta-feira. Bonucci, jogador da Juventus, está em situação mais grave. Ele é um dos investigados pela promotoria de Cremona por possível envolvimento no esquema.

A inclusão de Bonucci na lista de investigados foi confirmada nesta quinta pela agência de notícias Ansa, que teve acesso ao relatório da promotoria. Apesar das suspeitas levantadas pela imprensa nos últimos dias, o treinador da seleção italiana, Cesare Prandelli, confirmou Bonucci entre os 23 escolhidos para a disputa da Eurocopa, em lista divulgada na última terça. Na véspera do anúncio da convocação, o técnico tirou o lateral Criscito de sua relação, já que o atleta recebeu, na concentração da seleção, em Florença, um comunicado oficial de que estava entre os investigados.

‘Próximo demais’ – O caso de Buffon é diferente, pois ele não é suspeito de envolvimento na combinação de resultados. Só que o goleiro pode ser chamado a falar à Justiça como testemunha por causa de declarações polêmicas à imprensa. “Se duas equipes quiserem jogar pelo empate, é problema delas. Às vezes é melhor dois feridos do que um morto”, afirmou o capitão da Juventus ao comentar o empate entre as equipes de Siena e Novara, válido pela segunda divisão, na temporada 2011-2012. Esse é um dos vários jogos suspeitos no escândalo.

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Outros nomes conhecidos na lista dos suspeitos de participar da fraude são os do técnico da Juventus, Antonio Conte, e do capitão da Lazio, Mauri, que está preso. O meia foi considerado “próximo demais” de cinco húngaros responsáveis pelo esquema criminoso. Esses detidos teriam relação direta com o suspeito de chefiar a trama, Eng Tan Seet, de Singapura. O escândalo de combinação de resultados veio à tona em junho de 2011, quando a promotoria de Cremona ordenou a prisão de 16 pessoas – número que já passou dos 40 nos últimos dias.

A investigação, ainda em andamento, já resultou em um primeiro processo esportivo contra 22 clubes e 52 jogadores. A maioria dos jogadores implicados pertence a divisões inferiores do futebol italiano, mas também há conhecidos ex-atletas, como Giuseppe Signori, ex-atacante da Lazio, na lista de suspeitos. As investigações apontam que uma quadrilha montada fora do país influenciou de forma ilegal em resultados de vários jogos nos últimos anos. O objetivo era buscar lucros através de apostas esportivas.

(Com agências EFE e Gazeta Press)

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