
Gilbert Felli: preocupação com atrasos das obras olímpicas (AFP/VEJA)
Gilbert Felli, dirigente nomeado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para monitorar a preparação do Rio para os Jogos de 2016, disse nesta terça-feira que as obras estão atrasadas. “Claro que existem atrasos. Deodoro está dois anos atrasado.” No mês passado, Felli foi nomeado pelo COI como uma espécie de interventor para o evento no Rio, diante do caos na organização do evento e da preocupação cada vez maior por parte das federações esportivas internacionais com as construções. Felli disse que um dos problemas é que as responsabilidades por certas obras têm passado das mãos de uma esfera do governo a outra. “Isso foi um obstáculo.”
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Outro ponto delicado, segundo ele, são os atrasos na elaboração do orçamento. Apesar de tudo isso, o dirigente acredita que há como recolocar o Rio em dia. “Temos de fazer funcionar. Vamos trabalhar para isso.” Segundo fontes no COI, apenas 10% das obras para a Olimpíada de 2016 estão concluídas. Dois anos antes dos Jogos de 2012 em Londres, a taxa era de 60%.
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1. Plano B para a segurança
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(Getty Images/VEJA)
Primeiro, um fracasso: a empresa privada contratada para a segurança dos Jogos não entregou o prometido dias antes do evento. Depois, a arte de contornar uma crise: o governo britânico colocou em prática o plano B, disponibilizando grande contingente de militares. Havia seguranças a postos em todo o centro de Londres e dentro das instalações. Bem preparados, os militares também auxiliaram turistas e espectadores nas ruas. Além disso, 6.000 câmeras foram instaladas dentro e no entorno do Parque Olímpico. -
2. Sinalização de cima a baixo
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(Jamie Squire/Getty Images/VEJA)
Um dos pontos altos da organização da cidade para os Jogos Olímpicos de 2012. Todas as estações de trem e metrô estavam muito bem sinalizadas, com indicações do trajeto a ser percorrido rumo às instalações olímpicas. As mesmas informações apareciam com destaque no desembarque dos aeroportos e em pontos estratégicos de toda a cidade. Até no chão das calçadas, os visitantes eram guiados, com a ajuda de grandes adesivos coloridos. Dentro do Parque Olímpico, placas mostravam o tempo que se levaria entre as instalações, facilitando a programação e o fluxo dos espectadores. -
3. Preocupação com paisagismo
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(Mark Kolbe/Getty Images/VEJA)
O projeto do Parque Olímpico incluiu grande investimento no paisagismo, tornando a circulação do público mais agradável. Os caminhos à beira de um pequeno rio que cruzava partes da região olímpica formavam parque linear, com gramado, flores por todas as partes e árvores de porte razoável. Jardins faziam referência aos continentes europeu, americano, africano e asiático. Havia também atrativos lúdicos, com intervenções artísticas, áreas de piquenique, espaços livres para eventos, dentre outras atrações.
1/25 Projeção divulgada pelas autoridades municipais do Rio mostra como deve ficar uma das regiões transformadas pela Olimpíada de 2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 2/25 Projeto do Velódromo dos Jogos do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 3/25 Projeto do centro de esportes aquáticos, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 4/25 Projeto do centro de esportes aquáticos, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 5/25 Projeto do centro de esportes aquáticos, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 6/25 Projeto do centro de tênis para os Jogos do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 7/25 Projeto do centro de tênis para os Jogos do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 8/25 Projeto do centro de tênis para os Jogos do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 9/25 Projeto da arena de handebol, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 10/25 Projeto da arena de handebol, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 11/25 Projeto da arena de handebol, uma instalação temporária, para a Olimpíada do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 12/25 Zona internacional da Vila Olímpica e Paralímpica, onde acontecerão as cerimônias de boas vindas às delegações na Rio-2016 (Lumo Arquitetura/Rio-2016/Divulgação/VEJA) 13/25 Projeto do Parque Olímpico dos Jogos do Rio-2016 (Empresa Olímpica Municipal/Divulgação/VEJA) 14/25 Área de lazer no projeto da Vila Olímpica e Paralímpica da Rio-2016 (Lumo Arquitetura/Rio-2016/Divulgação/VEJA) 15/25 Na Rua Carioca da Vila Olímpica, atletas poderão socializar durante o período dos Jogos (Lumo Arquitetura/Rio-2016/Divulgação/VEJA) 16/25 O projeto do Rio-2016: como será o Parque Olímpico (Divulgação/VEJA) 17/25 O projeto do Rio-2016: arena temporária do vôlei de praia, em Copacabana (Divulgação/VEJA) 18/25 O projeto do Rio-2016: Lagoa Rodrigo de Freitas, sede das provas de remo (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 19/25 O projeto do Rio-2016: vista aérea simulada de uma das propostas (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 20/25 O projeto do Rio-2016: Marina da Glória, sede das provas de vela (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 21/25 O projeto do Rio-2016: Vila Olímpica e Paralímpica, na Barra da Tijuca (Carvalho Hosken/Divulgação/VEJA) 22/25 O projeto do Rio-2016: local de competição de hipismo (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 23/25 O projeto do Rio-2016: local de competição de canoagem (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 24/25 O projeto do Rio-2016: centro de mídia (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA) 25/25 O projeto do Rio-2016: local de competição de BMX (Rio 2016/BCMF Arquitetos/Divulgação/VEJA)
(Com Estadão Conteúdo)