Enquanto atletas do elenco do São Paulo, mesmo os mais experientes, reclamam e se dizem até humilhados por terem poucas chances, um jogador de 24 anos segue uma dura rotina sem conseguir nem imaginar quando será incontestável no clube. Diariamente, Denis faz atividades físicas, pratica defesas e até cobranças de faltas e pênaltis à espera de uma aposentadoria que Rogério Ceni se recusa a cogitar. Algo que não incomoda o reserva.
‘Penso em jogar quando o São Paulo precisar. O Bosco ficou anos aqui e, quando precisou, entrou e deu conta do recado. Meu pensamento é esse, estar preparado quando o time precisar. Tenho que conquistar espaço aos poucos’, discursou o camisa 33, alçado a astro no domingo com defesas milagrosas no 0 a 0 com o Vasco, mas já ciente de que, no sábado, contra o Bahia, deve voltar ao banco – Ceni, provavelmente, estará recuperado de lesão.
Denis sabe que, tradicionalmente, goleiros têm vida longa no clube. Não quer quebrar nenhuma regra. ‘Lógico que ter uma sequência seria muito bom para pegar rápido ritmo de jogo, mas isso é uma coisa muito difícil para um segundo goleiro São Paulo. O Rogério é um cara que quer sempre estar em campo. E me espelho nisso também. Em todos os jogos que eu entrar, tenho que dar meu melhor independentemente de ter uma seqüência.’
E é assim que o arqueiro, que em 2009 saiu da Ponte Preta, onde tinha muito mais oportunidades de ser titular, se motiva todos os dias no São Paulo. ‘Uma hora o meu momento vai chegar. Não sei quando isso vai acontecer, mas tenho toda a paciência’, assegurou.