Já no Paraguai, o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, mostrou-se desconfortável com a revelação do presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, da sondagem tricolor por Luiz Felipe Scolari. Mas garantiu: as conversas ocorreram somente para saber se o técnico do arquirrival seria mais uma alternativa.
‘A conversa foi para saber da disponibilidade se o nome dele fosse escolhido na nossa reunião. Eles estavam com problemas de relacionamento entre o Kleber e o Felipão, a agressão a outro jogador [João Vitor], e os consultei, mas foi um contato totalmente prévio’, relatou Baptista à rádio Bandeirantes.
‘Eu estava na linha de frente para buscar quem estava disponível no mercado e levar nomes à reunião com o [vice-presidente] João Paulo de Jesus Lopes e o [presidente] Juvenal Juvêncio. Precisávamos disso para definir para quem viraríamos os nossos canhões’, continuou se explicando.
O telefonema, de acordo com o dirigente são-paulino, ocorreu na ‘terça ou quarta-feira’ da semana passada. E ele preferia que tudo continuasse no anonimato. ‘Ele [Tirone] não precisaria ter externado as nossas conversas. Eu preferia não dar essa confirmação, mas não poderia me furtar da verdade. Não tenho como negar’, conformou-se.
Adalberto Baptista, contudo, assegura que foi a última consulta. Emerson Leão assinou contrato até o final do ano e, segundo o dirigente, o nome de Felipão não aparecerá entre os candidatos a assumirem a equipe na próxima temporada.
‘Houve a negativa e a vida seguiu. O assunto terminou. Em mais de um contato na semana passada, o Tirone falou que não havia possibilidade de liberá-lo e rescindir seu contrato agora ou na temporada seguinte. Então, o descartamos de imediato’, afirmou Baptista, avisando que o Palmeiras não foi o único a ser procurado.
‘Nosso relacionamento é muito bom porque o Tirone é uma pessoa da mais alta qualidade. Mas fizemos contatos com outras diretorias por vários técnicos mesmo após a saída do Paulo César Carpegiani. Procuramos sempre o clube para não criar uma animosidade desnecessária e não fazer com os outros o que não queremos que façam conosco’, discursou Baptista.